“Oitenta e três (sim: 83) dias depois foste à rua”, escreveu o pai e autor Pedro Chagas Freitas nas redes sociais. Benjamim, de seis anos, saiu à rua pela primeira vez desde que foi internado.
“Foi só por alguns minutos. Tiveram sabor a dias inteiros. Correste como pudeste, subiste a pequenos montes de terra (ainda tens muitas montanhas, das que custam muito a subir, para escalar, para trepar, talvez ainda alguns tombos pelo meio)”, partilhou esta terça-feira, 20 de agosto.
Nas últimas semanas, a criança — diagnosticada aos três meses com deficiência de alfa-1 antitripsina, uma patologia genética hereditária que pode levar ao desenvolvimento de doenças pulmonares e/ou hepáticas — foi alvo de várias intervenções médicas e chegou mesmo a apanhar um vírus que dificultou o processo do tratamento. “Não há doença que impeça aquele que quer sonhar. Sonha, meu filho. É no teu sonho que eu aprendo outra vez a sonhar.”
Segundo o autor, a doença tirou qualidade de vida ao filho e “interrompeu-lhe a alegria tantas vezes”. Chagas Freitas sublinha que Benjamim “nunca terá estado um mês seguido livre do que ela lhe traz”.
Após vários exames e tratamentos, a única hipótese viável era o transplante. Como os pais eram incompatíveis, fizeram um apelo nas redes sociais para conseguir acelerar o processo de encontrar um dador vivo.
Leia também este artigo da NiT sobre a doença que levou o filho de Pedro Chagas Freitas a precisar de um transplante.
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