Saúde

França quer proibir cigarros eletrónicos descartáveis. “É assim que começam a fumar”

Apesar de não terem nicotina, criam hábitos nos jovens que podem levar ao consumo do tabaco.
Tem aumentado o consumo.

Podem não ter nicotina, mas não significa que não sejam perigosos — e podem levar os  jovens a tornarem-se fumadores. Com o aumento do consumo, o governo francês pretende proibir os cigarros eletrónicos descartáveis, também conhecidos por vapes, com vários sabores.

Pode dizer-se que não há nicotina, mas é um reflexo e um gesto ao qual os jovens se habituam. É assim que começam a fumar”, justificou a primeira-ministra Élisabeth Borne, em entrevista emitida este domingo, 3 de setembro, pela “RTL”. A governante lamentou ainda que o consumo tenha aumentado e frisou que o tabagismo é responsável por “75 mil mortos por ano”, um número “enorme”.

Embora o executivo francês não tencione subir os impostos sobre o tabaco (cujo preço foi revisto em alta este ano), isso não significa que não esteja atento ao eventual aumento consumo. Além das consequências na saúde, l estes produtos — também conhecidos como vapes — representam um sério problema para o ambiente, uma vez que contêm materiais plásticos e uma bateria de lítio.

Os cigarros eletrónicos descartáveis chegaram ao mercado francês em 2021, mas o governo francês já está a delinear um programa nacional para combater o seu consumo. “É uma importante questão de saúde pública”, considera Borne.

Segundo a Direção-Geral da Saúde, estes cigarros com ou sem nicotina, nunca devem ser usados, particularmente por jovens adultos ou mulheres grávidas — e devem ser mantidos fora do alcance dos miúdos.

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