O problema do entupimento dos serviços de urgência verifica-se um pouco por todo o País e é transversal a todas as especialidades. As urgências obstétricas não são exceção — o cenário é igualmente dramático e, agora, o Governo pretende avançar com medidas que permitam aliviar estes serviços.
Os recentes escândalos relacionados com o acesso das grávidas aos cuidados de saúde levaram à criação de uma comissão que continua a acompanhar a resposta dos serviços obstétricos. Foi precisamente este grupo de especialistas que avançaram com a possibilidade de retirar a isenção a grávidas que usem os serviços de urgência em casos que poderiam perfeitamente ser tratados nos centros de saúde e noutras unidades de cuidados de saúde primários.
Retirar a isenção implica, na prática, o pagamento da taxa moderadora. O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, confirmou a existência da proposta.
“Vai ser analisada de um ponto de vista técnico. Está é uma questão muito mais técnica do que política. E é a esse nível que tem de ser avaliada”, explicou este sábado, 26 de novembro.
O caso das grávidas é distinto dos restantes utentes, já que estão automaticamente isentas do pagamento da taxa moderadora, sejam pacientes urgentes ou não.