O cenário nos hospitais, urgências e centros de saúde está cada vez mais caótico. O Sindicato Nacional dos Enfermeiros (SNE) iniciou esta segunda-feira, por volta das oito da manhã, uma greve de 24 horas. A organização sindical acusa o Governo de não responder aos “graves problemas que afetam os doentes” nem “aos apelos do Presidente da República para que o ministro da Saúde reunisse com os sindicatos do setor”.
“Dada a manifesta ausência de resposta e indisponibilidade em iniciar um processo negocial”, o SNE convocou uma greve nacional, “a que se juntarão novas formas de luta”. A organização reclama “a negociação de um Acordo Coletivo de Trabalho Global aplicável aos enfermeiros e a revisão da tabela salarial”.
O sindicato reivindica também condições de trabalho dignas, planeamento e organização do serviço público e uma política correta de gestão de recursos humanos, bem como “aumento da capacidade de resposta, desde os cuidados de saúde primários, passando pelos internamentos hospitalares, serviços de urgência, blocos operatórios e pela rede nacional de cuidados continuados integrados”.
Pedem ainda aos enfermeiros para denunciar todas as situações de “potencial falência de segurança clínica, que podem causar dano ou custas a vida aos doentes” e recomendam a não prestação de serviços quando não há condições de segurança clínica.
