Saúde

Gripe do camelo é provocada por um vírus mortal e já infetou a seleção francesa no Mundial

A síndrome respiratória do Médio Oriente transmitida pelo animal é considerada contagiosa. Foi provocada por um coronavírus.
A doença foi registada há dez anos.

A França prepara-se para disputar a final do Mundial de Futebol este domingo, 18 de dezembro. Porém, a equipa já conta com três baixas para o jogo frente à Argentina. Dayot Upamecano, Adrien Rabiot e Kingsley Eat foram afetados com um vírus que provoca a chamada gripe do camelo. A doença pode espalhar-se ao resto da equipa.

Contagiosa e com uma alta taxa de mortalidade, a síndrome respiratória do Médio Oriente, cujo nome oficial é MERS-CoV, tem vindo a multiplicar a incidência durante o Mundial decorre no Qatar. Na Europa, nomeadamente no Reino Unido, os profissionais de saúde já se estão de sobreaviso em relação aos adeptos que regressam do país asiático.

À semelhança da Covid-19, a gripe do camelo também é provocada por um coronavírus que começou a circular graças a um salto zoonótico. Ou seja, a doença foi transmitida por um animal para o ser humano. Neste caso, como o nome popular indica, o principal hospedeiro é o camelo.

O MERS-CoV foi identificado pela primeira vez em 2012 na Arábia Saudita. Desde então já foram confirmados cerca de 2600 casos. Deste número de infetados, aproximadamente mil resultaram na morte dos portadores do vírus, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a apontar, no seu site, para uma taxa de mortalidade de 35 por cento.

A gripe do camelo, além de ter sido passada por animais, também é altamente transmissível entre os humanos. Quanto aos sintomas, são semelhantes aos de uma gripe e passam por febre, tosse e falta de ar — mas é comum existirem casos assintomáticos.

Embora ainda não tenha sido criada uma vacina para o vírus, a Organização Mundial de Saúde reforça que já estão a ser desenvolvido s vários tratamentos específicos e vacinas para a MERS-CoV. “Na ausência de terapêutica específica para MERS, o tratamento de pacientes com MERS é de suporte e baseado na condição clínica do paciente”, pode ler-se no site.

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