Um novo estudo feito na Bar-Ilan University, em Israel, propôs um tratamento pioneiro contra a doença de Alzheimer. A pesquisa foi elaborada por Shai Rahimipour, em colaboração com colegas da Universidade de Sherbrooke e da Universidade de Montréal, no Canadá. Foi publicada recentemente na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Através de uma técnica teranóstica, que combina diagnóstico e terapia, os pesquisadores dizem ser possível identificar os primeiros sinais da doença. O novo método mostra-se, então, promissor em interromper a progressão da patologia de Alzheimer antes do início dos danos neurais irreversíveis.
A primeira fase da investigação foi feita em animais. “Nestes ensaios em animais, interrompemos a doença nos seus estágios iniciais, mesmo antes da formação dos oligómeros (um conjunto de proteínas associada à patologia)”, explica Shai Rahimipour.
Mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com a doença de Alzheimer em 2020, de acordo com a Alzheimer’s Disease International. Espera-se que esse número duplique a cada 20 anos.
“Por enquanto, a maioria dos fármacos desenvolvidos para tratar a patologia falhou, em grande parte porque visam biomarcadores errados e indivíduos que já exibem sinais da doença. Uma grande vantagem das nossas moléculas sintéticas, em contraste com os anticorpos naturais, é que elas não são imunogénicas e permanecem no corpo por muito mais tempo, portanto, provavelmente serão necessárias menos injeções ou aplicações”, conclui o responsável pela investigação.
Shai Rahimipour está agora a preparar mais ensaios clínicos para conseguir confirmar as conclusões já retiradas.