Um surto de um fungo potencialmente mortal está a preocupar as autoridades de saúde de Hong Kong. A propagação do fungo está a acontecer rapidamente e a afetar hospitais, clínicas e lares fragilizados pela pandemia de Covid-19.
Conhecido como Candida auris, este fungo afetou 136 pessoas desde o início do ano, um valor demasiado elevado quando comparado com o ano anterior. É que em 2019 foram registados naquela região menos de 116 casos de infeção do que até ao momento.
De acordo com a Autoridade Hospitalar de Hong Kong, citada pela “TVI24”, a infeção por este fungo tem uma taxa de sobrevivência entre 30 a 60 por cento. Os infetados têm entre 21 e 101 anos, sendo que 80 por cento dos casos está na faixa etária acima dos 60 anos. Ainda assim, não foram revelados os números de mortes registadas este ano.
As formas mais comuns de deteção do contágio por este fungo são através da pele, da cavidade oral e do trato gastrointestinal. A pele e a sua descamação é, aliás, uma das causas mais comuns de infeção.
A rápida evolução deste fungo poderá estar relacionada com a limitação de recursos e de meios de higienização dos espaços hospitalares devido à pandemia. A partir daqui, doentes imunocomprometidos e que tenham realizado recentemente cirurgias estarão mais vulneráveis à doença.
“Alguns hospitais não têm camas para isolamento. Assim sendo, são forçados a colocar pacientes infetados com Candida Auris no canto das alas médicas”, conta Raymond Lai, chefe para o controlo de infeções da Autoridade Hospitalar, sublinhando que tudo estará a ser feito para tentar conter a propagação do fungo à comunidade.