O número de menores infetados com o vírus sincicial respiratório (VSR) continua a aumentar em Portugal. Já foram hospitalizados 254 miúdos — dos quais mais de metade têm menos de três meses — por causa deste agente viral. Porém, as hospitalizações apresentam uma tendência decrescente nas últimas semanas, avançou, esta quinta-feira, 15 de outubro, o Instituto Ricardo Jorge (INSA).
Desde 3 de outubro, “foram reportados 254 casos de internamento por VSR pelos hospitais que integram esta rede de vigilância. Cerca de 56 por cento dos casos tinham menos de três meses de idade, 14 por cento ocorreram em bebés pré-termo e 13 por cento tinham baixo peso ao nascer”, adianta o boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do INSA.
Relativamente aos critérios de gravidade, o documento adianta que 11 por cento foram internados em unidades de cuidados intensivos ou necessitaram de ventilação não invasiva convencional.
“Nas últimas semanas, observa-se um decréscimo na incidência de internamentos por VSR, o que pode indicar o início de uma tendência decrescente” de hospitalizações de miúdos com menos de dois anos, refere o INSA, alertando, porém, que continua a observar-se uma “pressão elevada nos serviços de saúde”.
O vírus sincicial respiratório (VSR) pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades. Geralmente, todos os miúdos até aos dois anos são infetados por este vírus, que é responsável pela maior parte das bronquiolites agudas. Saiba como proteger os mais novos deste vírus.
E a gripe?
Sobre a atividade gripal sazonal, o INSA adiantou que Portugal regista uma tendência crescente. Uma afirmação que justificam com a notificação da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (hospitais) de 26.343 casos de infeção respiratória e 4.245 casos de gripe, desde outubro.
Na semana de 5 a 11 de dezembro, “foram identificados 673 casos positivos para o vírus da gripe, dos quais 546 do tipo A e 1 do tipo B”, refere o documento.
“Desde o início da época, foram reportados 33 casos de gripe pelas unidades de cuidados intensivos que colaboram na vigilância, todos infetados pelo vírus Influenza A”, indicou o INSA, ao salientar que a maioria (91 por cento) dos doentes tinha recomendação para vacinação contra a gripe sazonal e que 12 dos quais estavam vacinados.