Depois de ter ordenado a retirada do mercado da zaragatoa descartável iClean, esta sexta-feira, 19 de agosto, o Infarmed proibiu a colocação no mercado de um teste rápido à Monkeypox. Segundo a autoridade de saúde, o dispositivo do fabricante Pantest não cumpria as condições de segurança necessárias para a sua disponibilização.
Na nota publicada no site da autoridade de saúde, pode ler-se que “por deliberação datada de 11 de Agosto, proibiu a colocação no mercado do dispositivo médico para diagnóstico in vitro teste rápido Monkeypox Ag Pantest, ao abrigo da Directiva 98/79/CE”.
“A decisão resulta da verificação do incumprimento das condições requeridas para a disponibilização e entrada em serviço, após 26 de Maio de 2022, de dispositivos avaliados ao abrigo da directiva”, refere o documento.
O Infarmed esclarece ainda que “apenas os dispositivos legalmente colocados no mercado antes de 26 de maio de 2022 e os dispositivos colocados no mercado a partir dessa data, ao abrigo de um certificado, podem continuar a ser disponibilizados, isto é, podem usufruir do período transitório nos termos legalmente previstos”.
Este dispositivo seria utilizado para análise da presença do vírus da varíola dos macacos, que tem infetado centenas de pessoas um pouco por todo o mundo. Desde que surgiu o primeiro caso, em maio, já se registaram mais de 35 mil infeções e 12 mortes. Portugal tem 810 casos confirmados de Monkeypox, segundo dados da Direção-Geral da Saúde divulgados na quinta-feira, 18 de agosto.
Os principais sintomas da varíola dos macacos são febre, fadiga, dores musculares, erupção cutânea, arrepios e dores de cabeça. Caso verifique algum destes indícios, deve “procurar aconselhamento clínico”, recomenda a Direção-Geral da Saúde (DGS). É igualmente importante “abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estádio, ou outros sintomas”.