No dia 11 de março, João Nascimento publicou na sua página de Twitter uma mensagem com o objetivo de reunir especialistas e criar novos ventiladores para tratar doentes infetados com o Covid-19. Dois dias mais tarde, o português contou à NiT que a resposta avassaladora veio de todo o mundo: em apenas 24 horas reuniu 500 pessoas e em 38 horas, já eram 900.
No entanto, esse número não parece estar próximo de abrandar. Depois de ter chamado a atenção dos media em Portugal, o estudante de Filosofia e Neurociência na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, foi procurado por vários especialistas portugueses e partilhou um novo tweet com uma mensagem comovida.
Update: since media in Portugal reported #projectopenair, we have expanded from 500 to 1400 people, most of them Portuguese engineers/tech/MD. Sorry if i can't reply to all, we are trying to organize everything. I'm speechless and deeply proud of my country. Obrigado. 🙏
— Joao Nascimento (@jonisborn) March 13, 2020
“Atualização: desde que os media em Portugal noticiaram o #projectopenair, expandimos de 500 para 1400, a maioria deles portugueses engenheiros/ligados à tecnologia/médicos. Peço desculpa se não consigo responder a todos, estamos a tentar organizar tudo. Estou sem palavras e profundamente orgulhoso do meu País. Obrigado“, pode ler-se.
Apesar de ter escrito toda a mensagem em inglês, João optou por deixar a última palavra — “obrigado” — na sua língua materna.
O problema dos ventiladores surgiu com o encerramento de grande parte das cadeias de produção do equipamento — a maioria delas sediadas na Ásia — que não está a chegar aos países que dele necessitam para tratar os seus doentes. Em Itália, o país europeu onde o surto de Covid-19 já fez mais vítimas, muitos pacientes que necessitam de auxílio respiratório não estão a ser entubados por falta de recursos — e o número de mortes já ultrapassa os mil.
Face à situação, o português de 40 anos decidiu criar o Project Open Air, que pretende encontrar uma solução para produzir ventiladores localmente por todo o mundo — e possivelmente salvar muitas vidas. Leia o artigo completo na NiT.