Saúde

Monkeypox: 3.040 casos em 47 países deixam OMS alerta, mas não preocupada

A organização de saúde entende que o surto não representa uma urgência de saúde pública de dimensão internacional.
A maioria dos casos em Portugal foram identificados em Lisboa e Vale do Tejo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou este domingo, dia 26 de junho, que o surto da varíola dos macacos não representa uma urgência de saúde pública de dimensão internacional, o seu nível mais alto de alerta.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, partilhou no Twitter uma mensagem onde revela que concorda com o parecer dos especialistas do Comité de Emergência Internacional que não determina que o evento seja tratado como “uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional”, ou seja que se eleve o nível de alerta. Tedros refere ainda que está “profundamente preocupado” com o surto, que “representa uma ameaça séria e em evolução”, por isso, convocou uma reunião do comité de emergência.

Num comunicado em que partilharam o resultado desse encontro, a OMS sublinhou que a convocação dos membros e conselheiros do Comité de Emergência só por si “assinala uma escalada do alerta” e representa “um apelo a uma intensificação das ações de saúde pública em resposta a este acontecimento”.

Desde o início de maio de 2022, foram reportados à OMS 3.040 casos em 47 países, segundo os dados mais recentes apresentados pelo Comité. A maioria dos casos confirmados teve origem em contactos sexuais e ocorre em áreas urbanas. Para já, sabe-se que a transmissão acontece de pessoa para pessoa e, por norma, em situações de proximidade com um infetado, especialmente face a face sem proteção adequada e no contexto de relações que impliquem contacto íntimo e prolongado.

“Embora o contacto físico próximo seja um fator de risco bem conhecido para a transmissão, não está claro, neste momento, se o VMPX pode ser transmitido, especificamente, por via sexual. São necessários estudos adicionais para esclarecer esta via de transmissão”, acrescenta a orientação.

Portugal soma um total de 348 casos até à passada sexta-feira, 24 de junho, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo. “Os indivíduos apresentam lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”, informa a Direção Geral de Saúde (DGS).

Na presença de sintomas, é importante “abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estádio, ou outros sintomas”.

No dia 31 de maio, a entidade de saúde nacional definiu as regras de abordagem clínica e epidemiológica para casos de infeção. Envolvem abstinência sexual e evitamento de contacto próximo com animais domésticos.

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