Saúde

O caos continua: tempo de espera para doentes urgentes chegou às 9 horas nesta madrugada

Na segunda-feira passada, o ministro da Saúde desvalorizou a situação e garantiu que os pacientes estão todos a ser atendidos.
O cenário mantém-se.

O caos chegou às urgências dos hospitais portugueses. No último fim de semana, as salas de espera encheram-se de pacientes à procura de tratamento e o período de espera foi muito superior ao razoável. Na madrugada desta quarta-feira, 7 de dezembro, a situação manteve-se dramática.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, disponibilizados pela agência Lusa e citados pelo “Notícias ao minuto”, 74 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 00h15 no serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. O tempo médio de espera era, na altura, de 9 horas e 36 minutos, quando o número recomendado é de 60 minutos.

No Hospital Santa Maria, o tempo médio de espera era de 6 horas e 17 minutos, estando à mesma hora 30 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central. Já nos hospitais São José, Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e Garcia de Orta, em Almada, o tempo de espera foi de 2 horas e 14 minutos (com quatro utentes no serviço), 1 hora e 54 minutos (12) e 1 horas e 49 minutos (10), respetivamente.

O hospital pediátrico D. Estefânia teve mais quase uma hora de espera do que aquele recomendado — 1 hora e 45 minutos —, encontrando-se dez pessoas a aguardar. Na urgência pediátrica do Fernando Fonseca, o tempo de espera era de 49 minutos (3 pessoas).

Ao contrário do que acontecia nos outros, por volta da 00h15, no hospital São Francisco Xavier, o tempo médio de espera estava dentro do recomendado, com 14 minutos para doentes urgentes.

Na região Norte, a situação parecia mais controlada, com o tempo médio de espera de 50 minutos para doentes muito urgentes no Hospital S. João e de 1 hora e 44 minutos para doentes urgentes. Porém, na urgência pediátrica, o tempo de espera para doentes urgentes seria de 3 horas (estando 19 pessoas a aguardar).

Na manhã de segunda-feira, 5 de dezembro, perante o cenário, Manuel Pizarro negou categoricamente que o País esteja a enfrentar um cenário de caos nas urgências nacionais, garantindo que todos os doentes estão a ser atendidos, ainda que não com a “prontidão que seria desejada”.

“Não acho que haja um cenário de caos, acho que há um cenário de dificuldades, mas as pessoas estão todas a ser atendidas”, afirmou o ministro da Saúde, que apelou à compreensão dos utentes e dos seus familiares. “Porque estamos a ser capazes de dar resposta a todas as pessoas e os serviços estão a funcionar em pleno”.

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