Depois de vários meses afastada dos compromissos oficiais, Charlene do Mónaco marcou presença, ao lado do marido, o príncipe Alberto II, nos vários eventos da coroação de Carlos III e Camilla, em Londres. O ar sereno da princesa de 45 anos parece indicar que já terá superado os problemas de saúde física e mental que enfrentou nos últimos anos.
Em maio de 2021, durante uma visita à África do Sul, o seu país natal, a ex-atleta olímpica revelou sofrer de uma infeção nos ouvidos, garanta e nariz. Estava no país onde nasceu há dois meses quando tornou pública a sua condição e acabou por ficar retida no continente africano durante meio ano. Segundo a revista “Hola”, a mulher do príncipe Alberto II do Mónaco não podia viajar de avião, uma vez que os seus ouvidos não poderiam estar sujeitos à pressão sentida num voo a mais de 20 mil pés de altitude. Charlene foi operada na África do Sul e só pode regressar ao Principado em novembro, antes de seguir viagem para a clínica na Suíça, onde iria continuar a sua recuperação.
Pouco depois, com o intuito de pôr fim aos rumores de crise no casamento — a princesa estava afastada da vida pública há quase um ano —, Alberto acabaria por dar uma entrevista à revista “People”. Revelou que a mulher sofria de “profunda exaustão, física e emocional” e havia percebido que “precisava de ajuda”.
O príncipe adiantou ainda que as diferentes cirurgias a que Charlene foi submetida para tratar a infeção tiveram consequências devastadoras — numa delas a princesa correu mesmo risco de vida. “Isso foi certamente um fator. Posso dizer que sofria de um cansaço incrível. Não dormia, nem se alimentava bem. Tinha perdido muito peso, o que a tornava vulnerável a outras doenças”, explicou à publicação.
Charlene acabou por desenvolver problemas de saúde mental, como o marido também avançou: “Não se pode forçar ninguém a entender que precisa de tratamento, têm de ser os próprios a chegar a essa conclusão e a aceitar fazê-lo”.
O local onde a princesa esteve internada a recuperar nunca chegou a ser divulgado oficialmente. Porém, segundo várias publicações, Charlene terá estado internada na clínica de saúde mental de Küsnacht, em Zurique, na Suíça, onde terá recebido a visita da família no período compreendido entre 23 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro de 2022.

Charlene terá sido admitida na clínica em novembro de 2021 e o tratamento terá chegado ao fim em abril do ano seguinte. Em fevereiro de 2022, o príncipe de 63 anos atualizou o estado de saúde da mulher em entrevista ao jornal “Monaco-Matin”. Na altura, afirmou: “Está melhor, mas ainda precisa de descanso e paz. Não está no Principado, mas poderá visitá-lo em breve”.
Pouco depois, Charlene regressou ao Mónaco, mas manteve-se afastada dos holofotes. Numa rara entrevista, a princesa monegasca confirmou ao jornal francês “Nice Matin”, que o seu afastamento da vida pública e estadias no estrangeiro se deviam a questões de saúde, como o palácio dos Grimaldi havia divulgado. Afirmou que se sentia melhor, mas não estava a 100 por cento. “A minha saúde ainda está frágil e não quero apressar as coisas”, explicou à publicação em maio de 2022. Charlene confessou ainda que foi “um caminho longo, difícil e doloroso”. E ressalvou: “Agora, sinto-me mais serena.”
Agora, volvido um ano sobre as últimas declarações à imprensa, Charlene acompanhou o marido à coroação de Carlos III e Camilla — a sua primeira grande aparição pública após o período conturbado que atravessou. A princesa mostrou-se tranquila e à vontade no seu papel de representante oficial do Principado do Mónaco, porém, os looks que escolheu têm feito correr muita tinta.
Na receção aos dignitários estrangeiros no Palácio de Buckingham, na sexta-feira, 5 de maio, foi a única convidada que não usou um vestido. Preferiu um conjunto lavanda, com calças largas e uma túnica que cobria o ombro direito e caia num efeito diagonal até aos pés, deixando o braço esquerdo a descoberto.
A túnica assimétrica tinha uns bordados prateados e pequenos brilhantes incrustados que lhe davam um toque mais sofisticado. Porém, o cair da peça, especialmente na zona do peito, não era o mais adequado. A bainha das calças também parecia algo irregular e feita à última hora. A princesa completou o look com umas sandálias prateadas Manolo Blahnik e uma clutch metálica da marca Bella Rosa. Já para o jantar reservado aos membros da realeza que aconteceu nessa noite, no restrito clube Oswald’s, em Londres, optou igualmente por um fato com calças largas e um casaco longo, num tom branco pérola.
Para a cerimónia da coroação na Abadia de Westminster escolheu um tailleur bege pálido. A cor não favoreceu o tom de pele da princesa, e o comprimento, quer da saia, quer do casaco, também não ajudaram a valorizar a silhueta de Charlene — atualmente bem diferente da figura esguia que exibia quando casou.
O blazer abotoava com uns grandes botões perlados, alinhados à esquerda. A abotoadura prolongava-se para a saia, conferindo-lhe um ar demasiado casual, e a abertura lateral sobre o joelho esquerdo tinha apenas um caráter funcional, uma vez que trata de um modelo travado.
Já a faixa, no mesmo tom que o coordenado, — que prendia na parte da frente de um dos ombros, corria pelo peito e depois caia sobre as costas — conferia elegância ao conjunto, mas não chegou para salvar o outfit. Charlene optou por complemantar o look com uns brincos de pérola, a mesma clutch metálica da Bella Rosa e usou uns pumps Valentido, em nude. O pequeno chapéu na mesma cor do conjunto (assinado por Philip Treacy) e apenas com um pequeno laço, foi o elemento de destaque do coordenado.
A seguir, carregue na galeria para ver alguns dos principais looks dos dois mil convidados que estiveram na cerimónia religiosa da coração de Carlos III e Camilla.