O cancro da mama é a doença oncológica que atinge mais pessoas, à frente do cancro do pulmão na lista de diagnósticos. Nas últimas duas décadas, os casos quase que duplicaram e o cenário pode piorar. As previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam ainda que, em 2040, o número de doentes será 50 por cento superior aos dados atuais.
Para fazer frente a este flagelo, a agência especializada em saúde divulgou um plano para evitar 2,5 milhões de casos, em todo o mundo, nos próximos 20 anos. Foi divulgado esta sexta-feira, 3 de fevereiro, a véspera da data que assinala o Dia Mundial do Cancro.
A OMS definiu três níveis de promoção de saúde, incluídos na Iniciativa Global Contra o Cancro da Mama. A lista inclui a necessidade de deteção precoce, o diagnóstico atempado e o tratamento completo.
No caso do primeiro nível, a agência da ONU objetiva diagnosticar 60 por cento dos tumores na fase inicial de desenvolvimento, cerca de 60 dias após a confirmação. Os resultados do tratamento podem ser mais favoráveis se a intenção se verificar.
Quanto ao tratamento, que deve começar três meses após o diagnóstico, o plano aponta para que 80 por cento dos doentes concluam as fases recomendadas.
Para reduzir a elevada taxa de mortalidade, a OMS vai ter ainda em atenção os países com um rendimento médio-baixo, com ferramentas que previnem o tumor. No caso da África do Sul, por exemplo, apenas quatro em dez pessoas sobrevivem à doença.
De acordo com o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela SIC, “a OMS apoia mais de 70 países, sobretudo de rendimento médio-baixo, para que o cancro da mama seja detetado mais cedo, diagnosticado mais rapidamente e mais bem tratado, e todos os pacientes possam ter a esperança de um futuro sem a doença”.