O combate ao sedentarismo é uma luta que não vem de agora e a Organização Mundial da Saúde (OMS) é uma das principais defensoras da atividade física em todas as idades — mesmo em pessoas com condicionantes. Esta quarta-feira, 25 de novembro, a OMS foi mais longe e revelou que cinco milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas, a nível mundial, com a prática de exercício.
Ao lançar novas linhas orientadoras para esta área, a organização sugeriu que devem ser destinadas pelo menos duas horas e meia a cinco horas, por semana, para atividade aeróbica moderada a vigorosa, no caso dos adultos. Já nos miúdos e adolescentes, a média aconselhada é de uma hora por dia.
Segundo os dados mais recentes, um em cada quatro adultos não pratica exercício físico suficiente. O cenário é semelhante com quatro em cada cinco adolescentes.
“Globalmente, estima-se que isso custe 54 mil milhões de dólares (perto de 45 mil milhões de euros) em cuidados diretos de saúde e outros 14 mil milhões em perda de produtividade”, pode ler-se no documento, citado pela “TVI24”.
A OMS recordou também que a atividade física regular é fundamental para a prevenção e controlo de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e cancro. Além disso, ajuda a reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, e melhora a memória e a saúde do cérebro.
As novas diretrizes incentivam a prática regular de atividade física durante a gravidez e o pós-parto. Destacam também os “valiosos benefícios para a saúde” em pessoas que vivem com deficiências. Os idosos (com mais de 65 anos) também recebem a recomendação de praticarem atividades na rotina diária que estimulem o equilíbrio e a coordenação, entre outros.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, garante que ser fisicamente ativo “pode ajudar a adicionar anos à vida e vida a anos ”. E continua: “Devemos todos nos mover todos os dias, com segurança e criatividade.” Seja caminhar, ir ao ginásio ou dançar, o importante é estar ativo.