A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta sexta-feira, 17 de março, que pretende reduzir em 2023 o nível de alerta relativo à Covid-19. “Chegámos a um ponto em que acreditamos que poderemos vir considerar a Covid-19 uma doença semelhante à gripe sazonal ainda este ano. Ou seja, uma ameaça à saúde, um vírus que vai continuar a matar, mas que já não vai pôr em causa a nossa vida em sociedade nem os nossos sistemas hospitalares”, explica Michael Ryan, o gestor de emergência sanitária da OMS.
Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou estar “muito satisfeito ao ver que, pela primeira vez, o número semanal de mortes registadas nas últimas quatro semanas foi inferior ao registado quando usámos a palavra ‘pandemia’, pela primeira vez, há três anos”. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde acrescentou também que atualmente “estamos muito melhor do que em qualquer outro momento da pandemia”.
Recorde-se de que a 30 de janeiro de 2020 a OMS declarou uma “emergência internacional da saúde pública”, numa altura em que havia menos de 100 casos positivos e nenhuma morte fora da China. Cerca de um mês depois, em março, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou que o mundo estava estava a lidar com uma pandemia.
“Declarámos uma emergência sanitária global para estimular os países a tomarem medidas mais decisivas, mas nem todos o fizeram”, explicou esta sexta-feira durante uma conferência de imprensa. “Três anos depois, já contabilizámos cerca de sete milhões de mortes por Covid-19, embora saibamos que o número real de vítimas é muito superior”, concluiu.