A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a organizar estudos para descobrir se as mutações genéticas do Monkeypox podem estar na origem da sua rápida propagação. “Há algumas diferenças genéticas entre os vírus responsáveis pela epidemia dos últimos meses e os mais antigos”, de uma sublinhagem da África Ocidental, que já foi identificada como estando na origem da varíola dos macacos atual, explicam à “AFP”, citados pela “Lusa” e “Expresso”.
“Estão estudos em curso para estabelecer os efeitos (se existirem) das mutações sobre a transmissão e a gravidade da doença”, adiantam. No entanto, afirmam que “ainda é cedo para dizer se o aumento das infeções é devido a alterações genéticas observadas no vírus ou a fatores relacionados com os hospedeiros.”
Desde que surgiu o primeiro caso, em maio, já se registaram mais de 35 mil infeções e 12 mortes no mundo. Na Europa, Portugal é o sétimo país com mais infetados — 770. Espanha tem o número mais elevado de casos (5.162), seguida pela Alemanha (2.982), Reino Unido (2.973), França (2.423) e Holanda (959). A maior parte dos pacientes estão na faixa etária dos 31 aos 40 anos (40 por cento), e 99 por cento são do sexo masculino. Em Portugal existem quatro doentes do sexo feminino.
Os principais sintomas da varíola dos macacos são febre, fadiga, dores musculares, erupção cutânea, arrepios e dores de cabeça. Caso verifique algum destes indícios, deve “procurar aconselhamento clínico”, recomenda a Direção-Geral da Saúde (DGS). É igualmente importante “abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estádio, ou outros sintomas”.