Saúde

Pai “foi encorajado” a assistir a cesariana. Agora quer 600 mil euros de indemnização

Anil Koppula afirma que ver o parto da mulher causou-lhe "uma doença psicótica" e levou ao fim do casamento.
Surreal.

Em 2018, Anil Koppula foi “encorajado” a assistir à cesariana da mulher pelos profissionais de saúde de um hospital em Melbourne, na Austrália. O parto correu bem, contudo, volvidos cinco anos decidiu processar a instituição, avança o jornal local “7News”.

A experiência levou-o a “desenvolver uma doença psicótica”, alega Koppula na ação legal que deu entrada no Supremo Tribunal de Victoria, evocando que o Royal Women’s Hospital violou “o dever de cuidado” que lhe era devido.

Anil Koppula exigiu uma indemnização de 643 milhões de dólares (ou seja, cerca de 601 mil euros) ao hospital, alegando que a “visão dos órgãos e do sangue” da companheira lhe causou “graves problemas mentais”.

Em tribunal, onde optou por se representar a si próprio, Koppula afirmou que a doença em causa levou “ao colapso do seu casamento”, acrescentando que a sua vida mudou para sempre porque “o hospital não cuidou” dele.

James Gorton, o juiz responsável pelo caso, rejeitou o pedido de indemnização argumentando que se tratava de “um abuso processual”, noticia o “Business Insider”.

Koppula apresentou ainda um exame médico que aferia os seus problemas mentais, mas o painel de especialistas consultados pelo tribunal concluiu não existirem provas suficientes dos alegados danos psicológicos causados pela observação do parto. Segundo a decisão, “o grau do impacto psiquiátrico resultante dos danos alegados pelo queixoso não atinge o patamar mínimo definido”.

Em 2021, mais de 37 por cento dos 75.468 partos registados no nosso País foram realizados por cesariana, anunciou no passado mês de fevereiro a Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Nesse mesmo ano ocorreram 321 óbitos fetais e neonatais (até 28 dias de vida) em Portugal continental.

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