Muitas medidas implementadas para a Covid-19, como máscaras, distanciamento social e até o cuidado de evitar escola ou trabalho quando surgem alguns sintomas, ajudam a evitar também a propagação da gripe.
Depois de no último ano e meio, à conta da pandemia, os índices de gripe terem descido de forma clara, é expectável que este inverno marque o regresso da gripe.
Gustavo Tato Borges, presidente em exercício da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, já tinha alertado a NiT que podemos esperar este inverno o regresso da gripe. Na verdade, o pico do inverno até pode ser um desafio específico para os hospitais, com alguns casos de gripe e outros de Covid-19.
Em Inglaterra há sintomas que já se notam, reporta a “BBC”. A tal tosse, dores no corpo, nariz a correr ou mesmo febre são o tipo de sintomas que no último ano e meio tememos que podiam significar Covid-19. Mas neste caso há já ingleses a dar conta online que fizeram testes “e não, não é Covid-19”. O que não quer dizer que seja menos fácil. Em certos casos encontramos no Twitter quem se queixe “da pior constipação de sempre”.
Got my first cold since about January 2020 and I can confirm it's one of the worst colds I've had – 'freshers' flu' on steroids
— Dan Pheby (@DanPheby) September 21, 2021
À “BBC”, a médica Philippa Kaye admite que era previsível. “Já estamos a socializar e a misturar-nos como não o fazíamos há 18 meses”. Este contacto facilita a propagação de outros vírus para lá da Covid-19. A mesma especialista acrescenta que, neste momento, em especial em Londres, já se nota que a tendência para gripes e constipações já está próxima do que seria esperar nesta altura do ano, antes da pandemia. O tal aliviar de restrições está diretamente ligado a isso.
A diferença de facto é que, lá como cá, já estávamos habituados à “época normal da gripe” e a Covid-19 provou ser um teste especialmente difícil aos serviços nacionais de saúde, pela gravidade de uma parte dos casos.
Como há de facto sintomas que se podem confundir, é importante não esquecer os cuidados e fazer teste à Covid-19 quando necessário — nem que seja para esclarecer dúvidas. Também nunca é demais recordar os sintomas mais frequentes associados à infeção pela Covid-19. Aproveitamos para recordar a informação da DGS.
- — febre (temperaturas a partir de 38 graus) sem outra causa atribuível
- — tosse de novo, ou agravamento do padrão habitual, ou associada a dores de cabeça ou dores generalizadas do corpo
- — dificuldade respiratória/dispneia, sem outra causa atribuível
- —perda total ou parcial do olfato (anosmia), enfraquecimento do paladar (ageusia) ou perturbação ou diminuição do paladar (disgeusia) de início súbito