É um dos países mais avançados no processo de vacinação contra a Covid-19, com mais de 56 milhões de pessoas protegidas contra o vírus. O Reino Unido tem vindo a avançar muito no desconfinamento ao longo das últimas semanas, o governo de Boris Johnson já deu autorização aos britânicos para passar férias fora do país — muitos em Portugal — e já há data para o fim da imposição do distanciamento social.
Apesar de toda esta evolução, o país permanece sob suspeita, em particular da Alemanha, que diz que o Reino Unido é um local onde ocorrem várias mutações do vírus, devido à propagação em solo britânico da variante indiana do vírus. Por essa razão, as autoridades de Berlim anunciaram este sábado, 21 de maio, que as deslocações entre os dois países vão ser ainda mais limitadas já a partir de domingo, dia 22.
O instituto de vigilância sanitária Robert Koch, autoridade sanitária homóloga da Direção-Geral da Saúde na Alemanha, recomendou ao governo que todos os viajantes provenientes do Reino Unido sejam sujeitos a um período de quarentena de duas semanas, que não pode ser encurtado em qualquer circunstância, mesmo que as pessoas em quarentena apresentem um teste negativo à Covid-19.
O Reino Unido junta-se assim à lista de 11 países — na Ásia, África e América Latina — que pertencem à categoria de alto risco para as autoridades alemãs.
A variante indiana do vírus, batizada de B.1.617.2, é considerada particularmente contagiosa e tem sido uma das principais razões para o aumento das infeções na Índia nos últimos meses. Segundo o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, 2967 casos ligados a essa variante foram até agora identificados no Reino Unido, número que aumentou cerca de 30 por cento desde segunda-feira, 17 de maio.