O sentimento predominante quando uma mulher descobre estar grávida é a felicidade. Contudo, nem tudo o que passa pela cabeça de uma futura mamã é incrível e maravilhoso. Os receios relativamente às mudanças no corpo, deixam muitas em pânico. Além do aumento do peso e das variações hormonais, uma das maiores apreensões das futuras mães são as estrias que podem aparecer assim que a barriga (ou as mamas) começam a crescer. A boa notícia é que se tiver o azar de isso lhe acontecer, há solução.
Aplicar um creme gordo ou óleo na barriga diariamente é uma das recomendações mais comuns para evitar as temidas estrias. As grávidas devem começar a fazê-lo antes de sentirem “a pele a repuxar”. O objetivo é manter a pele hidratada e tentar, a todo custo, ficar sem as marcas causadas pelo facto da pele precisar de esticar de uma forma relativamente rápida.
Porém, as estrias não são fáceis de evitar. Dependendo da predisposição genética de cada mulher, tenham os corpos mais ou menos curvas, com o passar do tempo, as oscilações repentinas no peso ou as alterações hormonais podem dar origem às temíveis linhas brancas. Estas podem aparecer na barriga, nas mamas ou nas coxas e glúteos.
Mas o que são afinal as estrias? “São cicatrizes que resultam de uma atrofia da pele, ou seja, há uma destruição das fibras de colagénio e da elastina. A zona afetada fica muito fina e, inicialmente com um aspeto vermelho, que depois se transforma em esbranquiçado.” O pior é que são realmente difíceis de tratar. Quando já as temos, é provável ter de recorrer a tratamentos estéticos para nos livrarmos delas.
“Durante muitos anos foi difícil conseguir tratar este problema. Atualmente, existem três procedimentos que devem ser combinados para se conseguirem os resultados desejados”, diz à NiT Sofia Carvalho, cirurgiã plástica e estética. O primeiro trata-se de um laser que vai tratar a superfície da estria, promovendo o colagénio e a elastina da pele. Depois pode ser usada uma técnica de sanduíche com dois lasers diferentes: “O endolift, trabalha por baixo da cicatriz e o de Co₂ trabalha por cima”, refere a especialista em cirurgia plástica “Um mês depois repetem-se os procedimentos, ou utilizámos plasma rico em plaquetas, que é injetado nas estrias e promove a regeneração da pele cicatrizada”.
O método a utilizar vai depender de cada tipo de pele e das características das estrias. “São sempre necessárias três a cinco sessões e vamos avaliado a resposta a cada tratamento para decidir o passo seguinte”. Segundo Sofia Carvalho, após terminar o tratamento, a zona afetada fica com o mesmo aspeto de uma pele sã e mais firme, e as estrias são reduzidas — mas não desaparecem totalmente. “À partida, na zona tratada, dificilmente aparecem novamente.”
Os tratamentos são “praticamente indolores, porque são feitos com um creme anestésico”, mas dispendiosos. “Cada sessão, dependendo da extensão das estrias pode demorar entre 15 a 30 minutos. Depois, dependo do tratamento necessário, pode custar entre 300 a 500€”, refere a clínica. Mas existem alguns cuidados a seguir. “O tratamento a laser não é indicado para pessoas com tumores ou infeções, de resto toda a gente pode fazer. Porém, depois do procedimento devem hidratar bem a pele e evitar apanhar sol na primeira semana.”
Os valores do tratamento a laser não são propriamente acessíveis a todas as carteiras, por isso, o melhor é mesmo prevenir que as estrias apareçam. Pode fazê-lo evitando as oscilações rápidas de peso, hidratando bem todo o corpo — bebendo entre um litro e meio de água por dia —, e incluindo alguns alimentos na sua dieta. “Um correto aporte de proteína é fundamental, assim como consumir alimentos ricos em lisina (aminoácido), ácido gordo ómega 3, vitaminas A e C, enxofre e licopeno”, acrescenta a nutricionista Lillian Barros, a autora do blogue “Santa Melancia”.
Carregue na galeria e fique a conhecer alguns dos alimentos (com estes nutrientes) que deve incluir na sua alimentação para evitar o aparecimento das temíveis estrias.
