Esta foi uma semana de vários recordes em Portugal no que diz respeito ao número de casos diários de Covid-19, que ficaram perto dos cinco mil. Apesar de o País estar em alerta máxima devido à doença, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) avançou que não vai desistir da greve de cinco dias. A paralisação está marcada para 9 a 13 de novembro.
“Mantemos a intenção da greve, obviamente que vai haver constrangimentos, mas pretendemos que sejam os mais limitados possíveis, nomeadamente no combate à pandemia de Covid-19”, disse aos jornalistas Jorge Correia, do Sindepor, no final de uma audiência com o Presidente da República, segundo a agência Lusa, citada pelo site “Sapo 24”.
De acordo com o responsável, mais do que uma greve, esta paralisação “é um grito de alerta”. Relembra ainda que os enfermeiros “estão cansados, exaustos e desmotivados”.
“Nós precisamos do apoio da população neste momento. Essa questão, se vai haver ou não greve em tempo de pandemia, é uma questão que se tem de colocar à ministra da Saúde e ao primeiro ministro”, afirmou, acrescentando que o Sindepor está aberto ao diálogo e às negociações.
Reconhecendo que a greve não é consensual por acontecer em situação de pandemia, o sindicalista sublinha que se está a entrar numa situação de rutura caso não sejam tomadas medidas.