Saúde

Taxa de exposição dos portugueses a plásticos com substância perigosa “é alarmante”

O BPA (bisfenol A) está presente, por exemplo, em recipientes para comida, garrafas e até em brinquedos.
Evite estes produtos.

Se calhar nunca pensou nisto, mas está na altura de começar a fazê-lo. Os recipientes plásticos utilizados para a maioria dos produtos alimentares e bebidas atualmente no mercado apresentam um grande risco para a saúde.

A Agência Europeia do Ambiente (AEA) alertou esta quinta-feira, 14 de setembro, para a elevada exposição à substância química sintética bisfenol A (BPA) na Europa. Os valores são alarmantes e podem colocar em risco a saúde de milhões de pessoas.

O relatório publicado pela agência a 13 de setembro foi realizado com base em dados recolhidos num estudo de biomonitorização humana em 11 países, incluindo Portugal.

O documento refere que os níveis de exposição das populações ao BPA excedem os limiares considerados aceitáveis em 71 por cento em vários estados europeus (à exceção da Suíça). Em França, Luxemburgo e Portugal, os valores de referência foram ultrapassados em 100 por cento dos casos analisados.

Em abril, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) reavaliou os riscos para a saúde resultantes da exposição ao BPA e chegou à conclusão que pode prejudicar o sistema imunitário humano e contribuir para o desenvolvimento de vários tipos de cancro. Outros efeitos nocivos são a desregulação endócrina, a redução da fertilidade e as reações alérgicas cutâneas.

O BPA é um composto usado nos plásticos (para os tornar mais duros) e está presente, por exemplo, em recipientes para comida, garrafas de plástico ou latas de conserva, e mesmo em brinquedos.

Em alguns países, como a França, o BPA já foi proibido na produção de recipientes de alimentos. A União Europeia e os Estados Unidos restringiram a sua utilização e estão a considerar restrições mais drásticas, embora estas ainda não tenham sido implementadas.

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