O desacordo entre o governo e os sindicatos médicos, continua. Sim, estamos a falar de greves — que voltam a acontecer esta quarta e quinta-feira, 27 e 28 de setembro. Os profissionais de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, iniciam esta quarta-feira uma greve de dois dias convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) para exigir ao Governo a revisão transversal da grelha salarial de um grupo de profissionais “sempre penalizado”.
“A presente luta dos trabalhadores médicos visa fazer com que o executivo dê uma resposta efetiva ao caderno reivindicativo sindical (…) Visa também a apresentação de uma proposta de grelha salarial que reponha a carreira das perdas acumuladas por força da erosão inflacionista da última década e que posicione com honra e justiça toda a classe médica, incluindo os médicos internos, na Tabela Remuneratória Única da função pública”, pode ler-se no site do SIM.
Segundo o sindicato, os médicos estão em greve desde a meia-noite de quarta-feira, 27, de setembro até às 24 horas de quinta-feira, 28. Esta paralisação de 48 horas é a segunda no espaço de menos de um mês.
A greve vem juntar-se a duas outras, uma em outubro (17 e 18) e outra em novembro (14 e 15), organizada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM). Além da paragem, está marcada uma manifestação à porta do Ministério da Saúde, em Lisboa, para 14 de novembro.
Há vários meses que sindicatos dos médicos e Ministério da Saúde estão em negociações — mas, para já, sem acordo. As normas particulares de organização e disciplina no trabalho, a valorização dos médicos nos serviços de urgência, a dedicação plena prevista no novo Estatuto do SNS e a revisão das grelhas salariais são também assunto de discussão.