Após várias reuniões entre o governo e os sindicatos médicos, continua a não haver acordo para evitar as ações de protesto. Sim, estamos a falar de greves — que voltam a acontecer esta quarta e quinta-feira, 30 e 31 de agosto.
“Após a proposta do Governo de um aumento salarial para os médicos de 1,6 por cento, não nos resta outra possibilidade e, entendemos fazer um conjunto de protestos”, avançou Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM). O responsável sindical sublinhou, porém, que tentaram “evitar ao máximo as greves” porque estas “afetam fundamentalmente os já débeis utentes do Serviço Nacional de Saúde”.
A paralisação agora anunciada irá afetar as unidades de saúde, do Algarve, Alentejo e Açores. O sindicato acredita numa forte adesão, à semelhança do que tem aconteceu com as greves regionais anteriores. Por isso, caso tenha consultas marcadas, o melhor é confirmar se as mesmas se irão realizar.
As ações de protesto destes profissionais de saúde não irão ficar por aqui. O sindicato agendou outra greve regional, nos dias 6 e 7 de setembro — desta vez, no Norte do País. “Temos feito tudo [para chegar a um acordo]” salientou Jorge Roque da Cunha, aqui citado pelo “Jornal de Notícias”. Porém, não acredita que o fim do desentendimento esteja para breve, devido à “incapacidade que o Governo demonstrou nos últimos 14 meses de fixar os médicos no SNS”.
Recorde-se que a Federação Nacional dos Médicos convocou uma greve nacional para os dias 14 e 15 de novembro.