Viagra já pode ser comprado sem receita médica. O conhecido fármaco utilizado para tratar a disfunção erétil vai estar mais acessível, depois de o Infarmed — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde ter alterado a sua classificação. No entanto, continuará a ser vendido exclusivamente nas farmácias comunitárias.
O Infarmed permitiu a venda do Viagra, na dosagem de 50 miligramas, sem necessidade de receita médica. A decisão abrange todos os medicamentos cuja substância ativa seja o sildenafil, o que significa que os genéricos também estão incluídos nesta medida.
O Infarmed publicou o protocolo que oficializa a decisão e autoriza os laboratórios a comercializá-los sob essa nova classificação. A medida já está em vigor também noutros países europeus como a Noruega, Suíça, Polónia, e o Reino Unido.
O Viagra foi originalmente concebido como uma droga para o coração devido à sua principal ação: melhorar o fluxo sanguíneo através do relaxamento ou alargamento dos vasos sanguíneos. Os médicos descobriram então que tinha um efeito semelhante noutras partes do corpo, incluindo nas artérias do pénis, passando a ser prescrito para o tratamento da disfunção erétil.
Em Portugal, a disfunção erétil afeta cerca de 500 mil homens, representando 13 por cento da população masculina adulta. Embora habitualmente associada a homens mais velhos, também afeta os mais jovens, sendo um tema ainda considerado tabu entre a comunidade masculina.
A taxa de prevalência global no nosso País, entre homens com idades entre os 40 e os 70 anos é de 50 por cento, enquanto entre os 20 e os 30 anos, estima-se que se situe entre 5 a 10 por cento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, este número tem vindo a aumentar nos últimos anos.