Saúde

“Um dia vou voltar para casa?” Filho de Pedro Chagas Freitas continua internado

O escritor recorreu às redes sociais para dar conta dos últimos desenvolvimentos. Benjamin voltou a ser intervencionado no “hospital dos grandes”.
A luta continua.

Os seguidores de Pedro Chagas Freitas têm acompanhado de perto a luta do filho do escritor. Benjamim foi diagnosticado aos três meses com deficiência de alfa-1 antitripsina, uma patologia genética hereditária que pode levar ao desenvolvimento de doenças pulmonares e/ou hepáticas. Mesmo depois de ter sido operado para receber um novo fígado, o rapaz de seis anos continua a travar novas batalhas.

Numa publicação nas redes sociais, o escritor partilhou outro desabafo sofre o filho, que voltou a ser intervencionado. “O hospital dos grandes, o mundo dos grandes, é assim. Hoje voltaste lá, para mais uma intervenção (já não sei quantas destas já derrotaste, tu sabes?). Levaste aquilo que a língua portuguesa não consegue definir numa palavra só. Poderia chamar-lhe carinho, ternura, porque foi isso que espalhaste”, escreveu Pedro Chagas Freitas, na passada terça-feira, 13 de agosto.

“Hoje foste ao hospital dos grandes outra vez. Fizeste tudo bem, correu tudo bem. Pode ser que não tenhamos de voltar. Chorei só de escrever esta última frase”, continuou.

Já numa segunda publicação, partilhada na madrugada desta quinta-feira, 15 de agosto, o escritor desabafa sobre a pergunta que o filho lhe fez: “Um dia vou voltar para casa?”

“Fazes a pergunta no meio do corredor, acabámos os três abraçados ali, a amparar as lágrimas uns dos outros”, começou por escrever. Segundo o escritor, o menino confessou sentir falta das suas rotinas e das pequenas seguranças, apesar de dizer que, no hospital, “os dias também são bons”.

“Um dia vamos voltar a casa, filho. Até lá, vamos trazer a casa até aqui, o que puder vir dela, aos poucos, virá. Para começar (e até acabar, garanto-te) estamos cá os três, que é o mesmo que dizer que está tudo o que interessa”, acrescentou.

Segundo o escritor, a doença tirou qualidade de vida ao filho e “interrompeu-lhe a alegria tantas vezes”. Chagas Freitas sublinha que Benjamim “nunca terá estado um mês seguido livre do que ela lhe traz”.

Após vários exames e tratamentos, a única hipótese viável era o transplante. Como os pais eram incompatíveis, fizeram um apelo nas redes sociais para conseguir acelerar o processo de encontrar um dador vivo. Esta era a única solução para quem o menino “pudesse ter a vida que merece, e não esta aflição ao virar de cada dia”.

Leia também este artigo da NiT sobre a doença que levou o filho de Pedro Chagas Freitas a precisar de um transplante.

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