As urgências vão começar a dar prioridade de admissão e triagem aos doentes transportados de ambulância e encaminhados pelo INEM. A medida foi tomada para fazer face à falta de médicos nestes serviços.
Atualmente, existem 30 hospitais que não vão conseguir assegurar as escalas, pelo menos, até ao próximo sábado, 18 de novembro. A reorganização dos serviços de urgência surge na sequência das recusas de mais de 2.500 médicos em fazerem mais de 150 horas extraordinárias, adiantou a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE—SNS).
A entidade alerta ainda para a possibilidade de “constrangimentos acrescidos” nas urgências e pedem aos portugueses que, em caso de doença aguda, liguem previamente para a Linha SNS24 (808 242 424). Já nas situações e emergência, aconselham a contactar o 112.
“Face às condicionantes da situação atual, poderão verificar-se constrangimentos acrescidos no acesso a estes serviços com principal impacto nos casos menos graves”, refere a nota divulgada pela DE—SNS.
Os cuidados de saúde primários devem reorganizar-se e assegurar períodos de atendimento não programado, para doentes com patologia aguda, nomeadamente enviados pelo SNS24, sublinha. A entidade refere ainda que os hospitais devem reforçar as respostas para os casos de “agudização de doentes crónicos”, já seguidos nas respetivas unidades, seja em consulta não programada, hospital de dia ou hospitalização domiciliária.
A DE-SNS reconhece que o Serviço Nacional de Saúde atravessa um “período crítico da sua existência”, situação que tem acompanhado “com preocupação”.
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