Saúde

Vacinas da gripe e Covid-19 ainda estão a caminho e não chegam para quem já reservou

"Não é a primeira vez que a indústria falha." A campanha ainda não arrancou, mas já causa "ansiedade" aos responsáveis.
Está previsto arrancar em 2024.

A campanha de vacinação contra a Covid-19 e a gripe sazonal ainda não arrancou, mas as notícias não são animadoras. As doses que irão chegar às farmácias não serão suficientes para dar resposta às reservas já feitas pelos utentes, avança o “Jornal de Notícias”.

As farmácias, que irão administrar as vacinas contra a Covid-19 pela primeira vez, vai caber a administração das duas em simultâneo a pessoas que têm mais de 60 anos. Já os centros de saúde ficam responsáveis pelas pessoas abaixo dessa idade, mas com comorbilidades.

Até ao momento, mais de 2100 locais já aderiram à ação que vai decorrer no próximo outono-inverno. O número abrange 92 por cento dos concelhos em Portugal, mas a publicação da lista oficial com todos os locais de vacinação só será publicada quando o prazo limite para a inscrição terminar.

No entanto, as farmácias terão sido informadas esta semana que até dia 10 de outubro, está prevista a chegada de 175 mil doses de vacinas da gripe e de 205 mil no caso da Covid-19, o que obrigou já a reagendar utentes. A limitação maior, diz o jornal, é nas vacinas da gripe e “está relacionada com um problema de abastecimento global”.

Alguns farmacêuticos confirmaram à mesma publicação os constrangimentos e admitem que a incerteza sobre as entregas das semanas seguintes gera “ansiedade”, uma vez que “não é a primeira vez que a indústria falha nas datas de distribuição de vacinas da gripe”.

Até ao momento, a vacina era recomendada a todos os cidadãos considerados vulneráveis. No entanto, só os portugueses acima dos 65 não pagavam. A campanha arrancará, aliás, nas instituições onde residem ou estão internados os mais vulneráveis — como os lares de idosos e instituições similares, avançando, de forma gradual, por faixas etárias.

Esta medida, que inclui mais de 30 por cento da população, implica um investimento do governo de cerca de 20 a 25 milhões de euros em equipamentos de prevenção. Outros grupos prioritários, e devidamente identificados pela Direção-Geral de Saúde (DGS), também podem usufruir da campanha, que começa na segunda quinzena de setembro.

Além disso, a iniciativa “garantirá uma maior equidade no acesso (às vacinas), permitindo proteger ainda mais pessoas”, refere um comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde. “A gripe é uma doença viral aguda das vias respiratórias, que pode ter particular gravidade nas pessoas idosas ou com doenças crónicas.”

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