Há um novo vírus a preocupar as autoridades sanitárias europeias. As autoridades espanholas confirmaram um foco de Doença Hemorrágica Epizoótica (DHE) em bovinos em Villanueva del Fresno, Badajoz. Na sequência da identificação da patologia — que não é transmissível aos humanos —, parte do território nacional ficará pelas medidas de restrição de movimentação entre Estados-Membros da União Europeia. O anúncio foi feito esta quarta-feira, dia 7 de novembro, pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), através de numa nota divulgada no site.
A patologia afeta ruminantes, particularmente os bovinos e os cervídeos selvagens. Entre os sintomas, destacam-se a febre e falta de apetite, lesões na mucosa da boca, produção excessiva de saliva e dificuldade em engolir. “Pode provocar a morte do animal mas é mais frequente a sua recuperação em duas semanas”, continuam.
Os movimentos com destino a outro Estado-membro, de animais provenientes das explorações que estão localizadas nas áreas afetadas foram restringidos dentro do espaço de 150 quilómetros. Assim, a medida abrange alguns concelhos de Castelo Branco, Santarém, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro.
A nível nacional, devem ser reforçadas as medidas de higiene das instalações e comunicada à DGAV qualquer suspeita de infeção. Para que seja possível a movimentação nacional de bovinos, ovinos e caprinos provenientes de explorações situadas na área afetada, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária sublinhou que os animais não podem apresentar qualquer suspeita de doença e os de “espécies sensíveis a movimentar para vida” devem ser sujeitos a tratamento inseticida até 14 dias antes da movimentação.
O transporte deve ser realizado, preferencialmente, nas “horas centrais do dia ou da noite”, sendo que os animais devem ser transportados em veículos desinsetizados antes da carga. Os transportadores têm ainda que possuir um documento que comprove a lavagem, desinfeção e desinsetização dos veículos.