Desde a última quinta-feira, 9 de junho, foram detetados mais 22 casos de varíola dos macacos no País. Com a atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS), realizada esta segunda-feira, dia 14, Portugal chega às 231 infeções com a doença provocada pelo vírus Monkeypox. Os pacientes encontram-se estáveis e estão a ser acompanhados pelas autoridades competentes.
Até ao momento, todos os diagnósticos confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) pertencem a homens entre os 19 e os 61 anos. A maioria deles tem menos de 40 anos.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser responsável por reportar o maior número de infeções, apesar destas também existirem nas regiões Norte e Algarve.
“Os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico”, recomenda a DGS.
Na presença de sintomas, é importante “abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estádio, ou outros sintomas”.
No dia 31 de maio, a entidade de saúde nacional definiu as regras de abordagem clínica e epidemiológica para casos de infeção. Envolvem abstinência sexual e evitamento de contacto próximo com animais domésticos.
Leia ainda sobre a descoberta, feita em Portugal, que pode ser fundamental para perceber a origem do surto e as causas da rápida disseminação da doença. O artigo sobre as potenciais vacinas que a farmacêutica Moderna está a testar em estudos pré-clínicos também lhe pode interessar.
Saiba, igualmente, sobre as sequenciações genéticas que começaram a ser realizadas em 2018 e indicam que o vírus da varíola dos macacos sofreu mutações dez vezes acima do que seria habitual nos últimos quatro anos. Em África, sete países registaram 1.400 infeções desde o início de 2022.