A Tarwi, marca criada pela influencer Alice Trewinnard, Catarina Gorgulho e Pedro Godinho Ramos, tem vindo a apostar em diferentes produtos desde que foi criada, em 2021. Um deles, a proteína vegetal, já não é novo, mas foi agora reformulado. Segundo a marca, a textura tornou-se mais agradável e o sabor “naturalmente equilibrado”.
Os sabores da proteína (puro, baunilha e cacau) mantêm-se “tendo como principal objetivo ser uma alternativa mais saudável a soluções muito processadas que existem no mercado”, refere a marca.
A versão puro tem apenas dois ingredientes (tremoço e fibra alimentar de chicória), a proteína de baunilha tem quatro (aroma natural de baunilha e extrato de stevia, para além do tremoço e fibra alimentar). A composição da versão de cacau difere em apenas um ingrediente da de baunilha: o cacau em pó natural biológico.
Podem ser consumidas como um snack, misturadas em água, leite ou sumos, adicionadas a papas de aveia, smoothies ou iogurtes. A quantidade recomendada deste produto, por dose, é de três colheres de sopa, mas pode ser ajustada consoante as preferências de cada um.
O objetivo destas novidades é reforçar a presença da Tarwi no mercado português e preparar a expansão para Espanha, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos até 2026.
Desde o lançamento da Tarwi, foram lançados três produtos: os snacks de tremoço, que utilizam tremoços pequenos, geralmente rejeitados por outras marcas, o Lummus (hummus feito com tremoço) e a proteína vegetal.
A Tarwi tem a sua própria fórmula de produção de tremoços, “sem utilização de químicos e aditivos, que é prática comum na indústria”, explica a CEO Catarina Gorgulho. “Não existe tremoço local suficiente para a nossa procura, não só por falta de disponibilidade como também por falta de processos. Começámos a trabalhar com parceiros estratégicos para expandir a produção local, dando visibilidade a pequenos produtores portugueses sobre as nossas necessidades anuais, para que possam produzir com a garantia de compra”.
Em abril, a empresa revelou estar a investir cerca de um milhão de dólares (cerca de 926 mil euros) na sua primeir para dar os primeiros passos no Médio Oriente, depois de já ter presença em Portugal e no Reino Unido. Espanha também faz parte dos planos para 2026.
Atualmente é possível encontrar os produtos da Tarwi no site oficial e em retalhistas, como o Continente, Pingo Doce, Auchan e El Corte Inglés. Uma embalagem de 300 gramas da versão puro custa 14,90€. As outras duas versões estão disponíveis por 16,90€.
Como nasceu a Tarwi
No verão de 2019, num dia de praia incrível no Algarve, Alice Trewinnard e Catarina Gorgulho falavam de como gostariam de vir a lançar alguma coisa na área do lifestyle e alimentação saudável. Dois anos depois: o sonho tornou-se realidade com o lançamento oficial da Tarwi Foods, em fevereiro de 2021.
À equipa juntou-se Pedro Godinho Ramos, 34 anos, lisboeta que vive no Reino Unido, onde trabalha como private equity investor com foco em sustentabilidade. “O Pedro, pela sua experiência e know-how em grande consumo, juntou-se à equipa e, assim, formámos este trio que, achamos nós, se complementa bastante bem”, disseram à NiT Catarina Gorgulho e Alice Trewinnard.
A ideia dos tremoços veio mais tarde. “No início apenas sabíamos que queríamos trazer um produto diferenciador e que se destacasse no mercado”. O tremoço, apesar de estar presente na cultura portuguesa há anos, “sempre foi bastante menosprezado”. Segundo o trio, esta é uma leguminosa simples e tão rica a nível nutricional, mas tão desvalorizada que decidiram fazer uma espécie de “rebranding” e reposicionar o tremoço como snack saudável. E assim foi.
A escolha do nome não foi difícil. Como Tarwi é uma das formas de dizer tremoço em alguns países da América do Sul e é fácil de dizer em várias línguas, a ideia de adotar este nome surgiu ainda na altura em que faziam pesquisa para o desenvolvimento de produto.