Paisagens naturais incríveis, hotéis e turismos rurais com vista para o mar, boa comida e uma população hospitaleira como poucas. A combinação faz dos Açores um destino único, que merece ser visitado. Quando João Carlos, de 57 anos, visitou a ilha do Pico pela primeira vez, há cerca de dois anos, numa viagem com o compadre, ficou rendido à beleza natural da zona. Percebeu, contudo, que as casas turísticas que existiam não eram suficientes para dar resposta à procura.
João Carlos detém uma empresa de construção civil e é conhecido por ser um “homem de várias obras”, pelo que decidiu criar ali um “alojamento diferente e engraçado”. “O compadre queria comprar aqui um terreno para vir de férias, mas o João decidiu investir ele próprio para colmatar a falta de alojamento. Queria criar algo diferente, completamente integrado na paisagem”, conta à NiT Carolina Silva, responsável de comunicação da Cabanas do Pico.
O que seria apenas uma simples viagem de férias, acabou por se transformar numa oportunidade de negócio. Junto a uma baía com um pequeno areal, na freguesia da Prainha, encontrou o terreno perfeito para fazer nascer quatro cabanas de madeira que se tornaram os novos refúgios para quem visitam a ilha.
“Era um modelo e um estilo arquitetónico que ele já achava interessante e fez tudo um pouco à sua medida”, sublinha. O responsável priorizou os “materiais da terra”, como a madeira e a pedra de basalto. Com telhados a 42 graus e uma base de betão, as estruturas foram construídas para estarem preparadas para sismos, para evitar fissuras e proteger contra a humidade alta da ilha.
Outro destaque foi a escolha pelos vidros na parte de frente da cabana, que refletem 80 por cento do calor, fazendo com que a temperatura ambiente interior seja sempre agradável. E mais: os vidros espelhados, desde o chão até ao teto, permitem uma vista inigualável do nascer e pôr do sol, sem ser preciso sair de dentro das quatro paredes. A natureza está, portanto, sempre presente.
Em cerca de dois anos, conseguiu abrir as Cabanas do Pico, que começou a receber hóspedes no primeiro dia de fevereiro. Junto ao mar e a cerca de 350 metros de uma das únicas praias de areia da ilha, o alojamento dispõe de quatro cabanas com cerca de 150 metros quadrados, todas elas com vista para o jardim e oceano Atlântico.
“São exatamente iguais, têm um open space na cozinha, quarto de jantar e sala agradável para convívios em família”, destaca. Com dois quartos (e um sofá-cama), a ocupação máxima é de seis pessoas.
Quanto à decoração, “é simples, mas, ao mesmo tempo, acolhedora”. Descrevem os quartos como “verdadeiras obras de arte”, e uma fusão entre um “estilo moderno e o conforto que se deseja”. Cada detalhe reflete a elegância do espaço, mas a “serenidade é a decoração principal”.
Isabel Martins, também proprietária do alojamento, procurou buscar um mobiliário do estilo industrial, por considerar “mais adequado a este tipo de casa”. Em cada uma delas há ainda uma fotografia alusiva às principais atrações da ilha, como o Moinho do Pico Vermelho, as baleias, as vinhas e, claro, a montanha do Pico.
Cada uma das cabanas conta com uma churrasqueira e um pátio para “apanhar banhos de sol”. O alpendre, com duas cadeiras de madeira, é o spot perfeito para ver o mar. Quanto aos preços, rondam os 350 e os 440€ por noite, dependendo da época. As reservas podem ser feitas através do Booking.
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