Faro vai receber o Mochila, um festival de teatro para miúdos e jovens, entre os dias 3 e 12 de novembro. Vão ser dez dias com concertos e atividades para toda a família. Os maiores destaques do cartaz são Capicua e Pedro Geraldes, que vão apresentar o concerto Mão Verde, que aborda temas como ecologia. João Paulo Santos, artista português, vai dar um espetáculo “de carácter visual lindo pelas ruas”.
Depois de uma primeira edição que “teve ainda mais sucesso do que esperavam”, o segundo ano conta com “um programação super robusta e um maior número atividades paralelas“, assegura João de Brito, diretor do Festival (e também diretor artístico do Lama Teatro, do Algarve). Além de mais equipamento cultural, a organização expandiu o espaço público.
“Será mais de uma semana com 12 espetáculos muito diferentes”. Maior em todos os aspetos, também a paleta do público alvo aumentou: “Até aos 120 anos”, disse-nos o diretor. “O Festival pretende oferecer uma programação eclética de qualidade nas áreas do teatro, novo-circo e música, através da apresentação de espetáculos de companhias e artistas de referência, como Teatro Praga, Radar 360.a, Companhia de Actores, Mão Verde, Fernando Mota, Catarina Requeijo, Lama Teatro e O Último Momento.”
A organização, a cargo do Lama Teatro, assume, igualmente, o compromisso de apostar na programação de companhias emergentes, como a Universo Paralelo e, também, de artistas e estruturas com trabalho sedimentado na região do Algarve, como é o caso de Rita Rodrigues ou de Thorsten Grütjen.
Em paralelo à oferta de espetáculos destinados maioritariamente ao público infantojuvenil e familiar, o Mochila “pretende ser uma plataforma de mediação cultural que promova o envolvimento de toda a comunidade farense”. Neste contexto, serão organizadas várias atividades como levar o teatro até à escola e a realização de uma peça comunitária — Puzzle, um projeto enquadrado no Laboratório Pedagógico Estojo, desenvolvido em parceria com o Teatro das Figuras e que terá a sua estreia na Biblioteca Municipal de Faro.
Para assinalar o centenário da obra-prima “O Garoto”, de Charlie Chaplin, que estreou a 21 de janeiro de 1921, no Carnegie Hall, em Nova Iorque, foi ainda estabelecida uma parceria com o Cineclube de Faro, para a exibição da longa-metragem.
Com a segunda edição do Mochila — que “abordará temáticas urgentes da atualidade, tais como a ecologia, a velhice, a solidão, o consumo consciente, o direito à habitação e o tempo” — João de Brito espera chegar a “duas mil ou três mil pessoas”.
Para a sua realização, o projeto contou com um investimento de 70 mil euros e o apoio da Direção Geral das Artes e do Município de Faro. Com entradas livres ou bilhetes que podem custar até aos 8€, as iniciativas espalham-se pela cidade ao longo de mais de uma semana.
Pode conhecer todo o cartaz no site da organização.