Todos sabemos que os adolescentes e miúdos conseguem ficar horas a fio a olhar para o ecrã do telemóvel quando os pais não estão por perto. Uma das aplicações mais populares entre os jovens é o TikTok. Para contrariar esta tendência, a famosa plataforma de vídeos vai implementar uma nova ferramenta que limita o tempo na aplicação para apenas uma hora por dia.
O update chegará aos dispositivos ao longo das próximas semanas. Cada conta pertencente a um utilizador com idade inferior a 18 anos terá automaticamente definido um limite de tempo diário de 60 minutos no ecrã, período que pode ser alterado pelos pais na própria app.
Quando chegarem ao limite, os utilizadores receberão uma notificação e terão de introduzir um código de acesso para poderem continuar a verem os curtos vídeos. Nesse momento, terão de tomar uma decisão ativa no sentido de prolongar essa baliza de minutos. “Queremos que a nossa comunidade sinta que tem um total controlo da sua experiência no TikTok”, explica a gigante chinesa das redes sociais.
“Estamos ainda a trabalhar num lembrete de sono para ajudar as pessoas a planearem mais facilmente quando quiserem estar offline à noite. Os utilizadores podem definir uma hora, e quando esta for alcançada, um pop-up irá lembrá-los que é hora de desligar”, acrescenta.
Além disso, a plataforma está a criar uma nova atualização para que os utilizadores menores de idade não recebam notificações a partir de uma certa hora estipulada pelos pais.
O TikTok está a ser banido em alguns dispositivos na América do Norte
O governo canadiano já anunciou que vai banir o TikTok dos telemóveis que fornece aos funcionários públicos. A medida entrou em vigor esta terça-feira, 28 de fevereiro. “No aparelho móvel, os métodos de recolha de dados da TikTok dão um acesso considerável ao conteúdo do telefone”, afirmou Mona Fortier, ministra do Conselho do Tesouro, citada pelo “Expresso”.
A decisão ocorreu uns dias depois da Comissão Europeia ter impedido que os funcionários acedessem à aplicação nos telemóveis de trabalho. O mesmo já aconteceu nos Estados Unidos da América. Estas medidas são influenciadas pelo facto de o TikTok pertencer à empresa chinesa ByteDance, o que causa receio entre os governos visto que Pequim poderia aceder a dados de utilizadores do mundo inteiro.
