Se aproveitou o lançamento da segunda temporada de “Rabo de Peixe” na Netflix para ver ou rever a primeira, sabe que um dos momentos mais tensos acontece no último episódio quando Eduardo entra num hotel abandonado para devolver a droga aos italianos e salvar o amigo, Carlos. A par com o desfecho da história, os espectadores ficaram surpreendidos com o cenário. Que sítio era aquele?
Trata-se do famoso Monte Palace, localizado perto da caldeira de um vulcão adormecido e rodeado por uma densa vegetação, que continua a ser um dos locais com as vistas mais incríveis dos Açores. É lá que fica o miradouro da Vista do Rei, onde é possível ter uma vista panorâmica sob a Lagoa das Sete Cidades, mas quem por lá passa fica ainda mais impressionados com o “monstro de betão” ali esquecido.
O hotel, construído há mais de 30 anos, tinha tudo para ser um sucesso, mas acabou por estar apenas um ano e meio aberto. Fechou na mesma semana em que recebeu o prémio de melhor hotel de Portugal e, desde então, tem estado ao abandono. E está longe de ser um caso único em Portugal.
A contrastar com paredes em mau estado, mobiliário partido, pó e muita sujidade, há edifícios devolutos aos quais é apontada uma beleza singular. Cenários misteriosos que exercem um fascínio por quem perde horas a imaginar todas as vidas que por ali já passaram. Casas, hotéis, hospitais, complexos de lazer, espaços culturais e infraestruturas que um dia serviram um propósito que deixou de fazer sentido.
Muitos deles estão vazios, pilhados ao longo de décadas, alguns foram engolidos pela natureza que reivindicou o seu lugar, outros parecem congelados no tempo, com memórias físicas de uma vida contada através de objetos pessoais deixados para trás. Os espaços guardam a história de quem por lá passou, sendo também exemplo da arquitetura da época em que foram construídos.
Muitos perderam importância com o tempo, mas são hoje uma preciosidade para quem se dedica ao urbex, por exemplo. Este é nome dado à atividade de quem se dedica à exploração urbana. Aventureiros que visitam locais abandonados e estruturas geralmente em ruínas, que suscitam a curiosidade de quem gosta de descobrir o que ficou para trás.
Entre os espaços mais concorridos estão os hotéis abandonados e há vários espalhados por Portugal. Ao vê-los hoje em dia, é difícil imaginar a imponência que um dia já tiveram. De destinos de férias de sonho tornaram-se em cenários de filmes de terror.
A NiT reuniu uma lista de seis hotéis que hoje não passam de ruínas, alguns com histórias verdadeiramente incríveis, como a de um grande hotel de luxo, construído em Albufeira, com uma vista incrível sobre a cidade, que só esteve aberto um ano ou o “hotel fantasma” no Cartaxo, que pertenceu a João Baião e esteve à venda, em 2024, por um valor inferior a um T3 em Lisboa.
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