Na cidade

A atriz Sofia Miguel Castro venceu o concurso de lifestyle New Talent 2022

A jovem 22 anos vai receber uma bolsa de 10 mil euros para realizar uma peça de teatro interativa onde serão plantadas centenas de árvores.
A atriz tem 22 anos.

Pelo quarto ano consecutivo, a NiT, a TVI e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) juntaram-se para eleger o jovem com menos de 27 anos mais talentoso de Portugal numa área ligada ao lifestyle. Após a escolha dos dez finalistas dos prémios New Talent 2022, os leitores puderam votar online no seu candidato favorito. Esta sexta-feira, 6 de janeiro, foram anunciados os resultados e a vencedora é Sofia Miguel Castro.

Agora, ao longo deste ano, a atriz de 22 anos, natural de Oliveira de Azeméis, vai receber uma bolsa de 10 mil euros para desenvolver um projeto pessoal que já imagina desde que era miúda. Quando tinha apenas 11 anos, começou a plantar árvores na Serra da Freita, que foi devastada por um incêndio. Na altura, sonhava com a possibilidade de mobilizar as pessoas para a reflorestação e, quando se cruzou novamente com a história de “Alice no País das Maravilhas”, teve uma ideia: criar um projeto itinerante em que cada cena tem lugar num local diferente da serra e, em cada uma delas, há um momento de plantação de árvores. O objetivo? Voltar a pintar de verde a Serra da Freita. Graças ao concurso New Talent, a ideia vai finalmente sair do papel.

“Foi uma notícia avassaladora e ainda não estou bem em mim Tinha algumas expetativas, como é óbvio, mas não estava assim tão confiante”, assumiu Sofia, na cerimónia de entrega do prémio, que decorreu no edifício da SCML, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa. “Se ganhasse, seria perfeito. Mas se perdesse, na verdade não perdia nada, porque consegui ser ouvida e dar a conhecer o meu trabalho”.

“Não estava à espera de receber tanto apoio, tinha erradamente a ideia de que as pessoas talvez não se importam muito nem com a cultura nem com o ambiente, mas de alguma forma, o projeto ganhou uma dimensão enorme”, explica à NiT. 

O talento é uma fonte inesgotável e isso vê-se a cada edição do concurso New Talent. “Sentimos que há cada vez mais jovens a destacarem-se em várias áreas. Os projetos são cada vez melhores, mais ambiciosos. É um sinal que este concurso está a correr bem e nota-se a evolução todos os anos”, sublinha Maria da Cunha, diretora de comunicação da SCML.

A missão destas três entidades é precisamente essa: apoiar o talento jovem de Portugal. “Vê-se a alegria destes finalistas e isso é a prova de que vale a pena. Estamos a cumprir o nosso objetivo, este concurso muda a vida destes jovens em concreto, dá-lhes visibilidade e mais esperança”, acrescenta Maria da Cunha.

A cerimónia de entrega do prémio.

Nesta quarta edição, assim como nos anos anteriores, dez jovens talentosos foram selecionados por um júri a partir de uma longa lista de jovens com menos de 27 anos, que se têm destacado nas mais diversas áreas do lifestyle, da ilustração à moda, da música ao cinema. Todos, sem exceção, têm sido um exemplo de originalidade, criatividade e vontade. Os muitos talentos e projetos foram avaliados pelo diretor de patrocínio da SCML, Nuno Moura Pires, e pelo publisher da NiT, Jaime Martins Alberto, que escolheram os finalistas.

“Neste último ano sentiu-se uma melhoria da qualidade técnica, artística e uma maior diversificação de áreas. Os finalistas são escolhidos com base na qualidade artística e a formação, claro, mas sobretudo com aquilo que as pessoas pretendem fazer caso ganhem o prémio”, refere Nuno Moura Pires. 

Depois de uma pandemia que afetou bastante a cultura no País, que está “cada vez mais desprotegida”, o concurso New Talent pretende dar esperança e “não desperdiçar o talento jovem que está a despontar e só precisa de um empurrão”. Por isso, Nuno Moura Pires conclui: “É fundamental que os jovens não deixem de acreditar e a Santa Casa da Misericórdia nunca deixará de dar alento aos jovens, estimulá-los e apoiá-los. Eles são o nosso futuro”.

Uma história de talentos

Sara Cruz foi a primeira grande vencedora do concurso New Talent, logo na edição original que decorreu em 2019. Ao fim de dois anos, continua a tirar partido do investimento que fez com os 10 mil euros. A artista de Ponta Delgada comprou material e criou um estúdio em casa. Trouxe-o consigo quando se mudou para Lisboa, à procura de mais oportunidades, e é nele que continua a gravar os seus temas e singles.

Em 2020, foi a vez da ilustradora Matilde Horta conquistar o prémio final do New Talent. Aos 27 anos, agarrou na bolsa de 10 mil euros e investiu em formação e material para “dar um salto” na sua carreira. Era a oportunidade perfeita para concretizar os objetivos que tinha traçado, um deles a aposta na formação em cerâmicas.

A terceira edição veio provar que também a escolha do público é eclética. Depois de uma compositora e de uma ilustradora, foi a vez de uma poetisa agarrar o prémio. Ana Cláudia Santos, jovem poeta de Benavente, sonhava lançar os seus livros e ser uma presença dinamizadora na área da poesia, objetivo que conseguiu levar a cabo através das suas sessões L.U.A. Um ano depois, o prémio permitiu-lhe fazer tudo com que sonhava e muito mais.

Hoje, prepara-se para lançar o seu segundo livro de poesia e um EP que combina música e poemas, além de ter já em curso um novo formato de sessões de poesia. Mais: é também fundadora do “Multiversos”, um podcast transmitido todas as semanas na NiTfm.

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT