Na cidade

A ponte suspensa ao estilo “Indiana Jones” com vista para uma imponente cascata

É uma experiência única de contacto com a natureza e a história. Os dois locais estão separados por um percurso com pouco menos de um quilómetro.
Foto: saraa_theexplorer

De um lado, estão as ruínas de uma antiga civilização; do outro, uma majestosa cascata. As primeiras foram erguidas pela intervenção humana, enquanto a segunda é uma obra da natureza. Em Condeixa, no coração de Portugal, é possível vivenciar uma experiência singular que combina história e natureza.

A partir de 2023, visitar as Ruínas de Conímbriga, que se acredita terem sido habitadas desde o Neolítico, e a Cascata do Rio dos Mouros tornou-se mais acessível— e apelativo também. Tudo graças à construção de passadiços em madeira ao longo das margens do rio, que estabelecem uma ligação entre uma das principais atrações do património natural do concelho e a ponte próxima das ruínas.

“Esta estrutura construída ao longo das margens do Rio dos Mouros proporciona uma experiência única aos visitantes, que agora têm mais um motivo para nos visitar”, salienta o presidente da Câmara de Condeixa, Nuno Moita. O objetivo do projeto foi precisamente divulgar esta maravilha natural da região, que agora se encontra ao alcance de todos.

Antes da instalação dos passadiços, a cascata só era acessível a pessoas com alguma destreza resistência física. Com um investimento a rondar os 300 mil euros, o presidente da Câmara Municipal sublinhou que a obra permite que os visitantes de Conímbriga também explorem facilmente o vale até à queda de água. “Não se limitará apenas a observar os achados arqueológicos das ruínas, mas também poderá desfrutar da beleza natural circundante e visitá-la em segurança”, acrescentou. Os passadiços de madeira são intercalados com troços de terra batida e estendem-se ao longo de ambas as margens do rio.

“Não se limitará apenas a observar os achados arqueológicos das ruínas, mas poderá igualmente apreciar a beleza natural circundante e visitá-la em segurança”, sublinhou. Os passadiços em madeira são também intercalados com troços de terra batida e desenvolvem-se ao longo de ambas as margens do rio.

O percurso arranca junto às famosas ruínas da cidade romana, um dos sítios arqueológicos mais ricos de Portugal, que pode aproveitar para visitar também. Ocupada pelos romanos a partir de 139 a.C, foi sob o imperador Augusto, no século II, que a cidade conheceu o seu esplendor, tendo sido construídas então as termas públicas e um fórum, cuja reconstituição se pode ver no museu.

@bytheskies

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As extensas escavações realizadas ao longo do século XX revelaram um complexo conjunto de edifícios, incluindo um aqueduto com mais de 3.400 metros de comprimento e vestígios de uma basílica cristã.

Já de volta ao trajeto, os visitantes podem encontrar também, a meio do caminho, uma plataforma, em forma de meia lua, com bancos com vista para o vale em garganta do rio, também conhecido como rio Ega. Apesar da cascata ser um dos maiores destaques, não é a única surpresa que pode encontrar pelo caminho.

No final do percurso, outro dos grandes destaques é uma impressionante ponte suspensa, no estilo de “Indiana Jones”, que atravessa um riacho. É neste ponto que se obtém a melhor vista da cascata e da lagoa formada aos seus pés.

Os passadiços podem ser percorridos durante todo o ano, mas uma das melhores épocas para apreciar a cascata em todo o seu esplendor é entre novembro e maio. Localizada numa área cársica, onde a água infiltra-se rapidamente no subsolo calcário, o caudal do rio pode diminuir consideravelmente nos meses de verão.

Para quem procura um desafio maior, pode sempre aproveitar para percorrer o trilho circular com 23,5 quilómetros de extensão, que liga as ruínas de Conímbriga às Buracas do Casmilo, pequenas grutas que se desenvolveram horizontalmente e cujas entradas podem atingir os 10 metros.

Carregue na galeria para ver mais fotografias dos novos passadiços do rio de Mouros.

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