Na cidade

“A Volta não é um cinzeiro”. A campanha por uma prova de ciclismo sem beatas no chão

A Tabaqueira e a organização distribuíram cerca de 12 mil cinzeiros portáteis ao longo de mais de 1500 quilómetros da prova.
A mais recente campanha de sensibilização.

Em Portugal, mais de 16 por cento da população é fumadora ativa, segundo os dados do último Inquérito Nacional de Saúde, realizado em 2019. Assim se percebe porque é que até numa prova de ciclismo existam fumadores presentes. E se num evento fechado é possível ter cinzeiros e caixotes acessíveis para garantir que não há beatas espalhadas pelo chão, na Volta a Portugal o “recinto” são as estradas portuguesas. 

Uma vez que não existem caixotes disponíveis em todos os locais do País por onde passam os ciclistas, a Tabaqueira juntou-se à organização da prova para lançar a iniciativa “A Volta não é um Cinzeiro”. Entre 24 de julho e 4 de agosto, foram distribuídos mais de 12 mil cinzeiros portáteis de norte a sul de Portugal, num total de 12 mil quilómetros. No final de cada etapa, dezenas de voluntários recolheram ainda as beatas perdidas.

“O ciclismo é um desporto limpo e saudável, que faz da paisagem portuguesa a sua pista, dando-lhe brilho e mostrando os recantos mais naturais e bonitos do País. Garantir a preservação destes ecossistemas, apelando à sua limpeza e mitigando situações que podem degenerar, por exemplo, em fogos florestais, é para nós uma prioridade. Como grande evento desportivo, temos também a responsabilidade de nos assumirmos como plataforma de promoção destes princípios no que diz respeito à sustentabilidade”, explica Vasco Empis, responsável pela organização da Volta a Portugal Continente.

Além do impacto que um cigarro pode ter para o início de um fogo florestal, a possibilidade de acabar em canais de água é também elevada. E existe ainda, claro, a poluição nas ruas que todos devem evitar.

A Philip Morris International, da qual a Tabaqueira é subsidiária, tem apostado nas ações de sensibilização para promover as melhores práticas. Nos últimos dez anos, já realizou várias ações de limpeza e distribuiu mais de 100 mil cinzeiros em locais como praias, bairros, eventos desportivos e até nos Santos Populares.

“A Volta a Portugal Continente é mais do que uma corrida de ciclismo, é uma viagem pela cultura, história e paisagem portuguesas. Mas sabemos que o incorreto descarte de lixo, nomeadamente de beatas, ameaça o território, de várias formas. Estamos absolutamente empenhados em concretizar a visão de sustentabilidade que temos para o nosso negócio e acreditamos que quantas mais pessoas forem sensibilizadas e informadas sobre as corretas práticas de descarte das beatas e produtos de tabaco mais fácil será evitar que estes resíduos acabem nas ruas, nos oceanos, rios, florestas ou praias”, acrescenta Marcelo Nico, diretor-geral da Tabaqueira.

O russo Artem Nych venceu a 85.ª edição da Volta a Portugal, pela equipa Sabgal/Anicolor. O ciclista de 29 anos atingiu assim o ponto mais alto da sua carreira, depois de ter confirmado o primeiro lugar do contra-relógio final, em Viseu. O melhor português foi Gonçalo Leaça, que terminou a competição no quarto lugar da tabela geral, num total de 133 ciclistas.

Os cinzeiros distribuídos na prova.
Este artigo foi escrito em parceria com a Tabaqueira.

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