Na cidade

Afinal, a linha circular do Metro de Lisboa pode não avançar

O ministro do Ambiente admitiu rever o projeto na sequência das queixas do presidente da Junta de Freguesia do Lumiar.
O projeto pode não avançar.

As obras da linha circular do Metro de Lisboa arrancaram no início de maio e motivaram o encerramento das estações de Telheira e da Cidade Universitária. O projeto de expansão e modernização do Metropolitano de Lisboa prevê o prolongamento das linhas verde e amarela, a criação de um trajeto em círculo e a construção de duas novas estações. Contudo, o projeto ainda poderá ser alterado.

O famoso anel circular no centro de Lisboa pode não chegar a passar do papel, admitiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, esta terça-feira, 23 de maio, na audiência urgente pedida pelo presidente da Junta de Freguesia do Lumiar. Ricardo Mexia defende que o projeto não serve a maior freguesia de Lisboa.

“O senhor ministro [que tutela os transportes urbanos] manifestou disponibilidade para rever a solução definitiva, ou seja, aquilo que temos defendido: a linha circular não é uma boa solução para a cidade, nomeadamente para os cidadãos da maior freguesia, o Lumiar“, disse Ricardo Mexia à TVI.

O autarca diz que a nova linha circular prejudica os residentes do Lumiar porque priva a população do “acesso direto ao centro da cidade”. Com o novo percurso, que irá ligar o Rato ao Cais do Sodré, quem vem do Lumiar terá obrigatoriamente de fazer um transbordo no Campo Grande.

Perante as críticas e os constrangimentos apresentados, Duarte Cordeiro terá mostrado “disponibilidade para rever” o projeto. O ministro do Ambiente indicou que a solução que está a ser implementada permite manter a linha circular e a linha em laço, fazendo com que os comboios funcionem em dois registos. “A obra que está a ser feita permite ambas as soluções, ou seja, tanto pode funcionar em laço como em círculo. É uma opção funcional”, reforça. Com a circulação em laço, o transbordo no Campo Grande deixaria de ser necessário, uma vez que o comboio sai da futura linha amarela e segue viagem pela nova linha circular, mantendo a periferia ligada ao centro da cidade.

O novo mapa do Metro.

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