Quando o primeiro filme de “Star Wars” foi lançado, em 1977, abriu portas a uma série de possibilidades que antes eram inimagináveis. O conceito de usar luz como forma de atingir um inimigo, através das armas fictícias chamadas blasters, foi revolucionário e inspirou tantas outras ideias.
O norte-americano George Canter III foi uma das pessoas que se inspirou nas tecnologias do filme de ficção científica para criar um jogo baseado em combate com luz, quase como se fosse uma verdadeira batalha espacial. Em 1982, inventou o primeiro sistema de uma arena de laser tag, que usava luz infravermelha e sensores para detetar disparos e atingir os adversários.
Nos anos seguintes, o jogo popularizou-se e deu origem à abertura de uma série de arenas pelo mundo, principalmente nos EUA. Muitos ouviram falar dele pela primeira vez na série “How I Met Your Mother”, o jogo favorito de Barney Stinson.
O objetivo da batalha acaba por ser semelhante ao do paintball: é um jogo de estratégia entre duas equipas em confronto, onde cada jogador possui um equipamento específico que permite receber esses raios laser e identificar quando o disparo acertar no adversário. Em Portugal, este “jogo da apanhada numa versão moderna” ainda é uma atividade relativamente desconhecida, mas está a ganhar cada vez mais adeptos — e há cada vez mais arenas, indoor ou outdoor, onde é possível pegar nestas armas fictícias que disparam infravermelhos.
Um dos espaços mais recentes fica em Matosinhos e chama-se Laser X. Aberta desde outubro, a arena de diversões surgiu após uma viagem de Carolina Miranda e Ricardo Cerqueira a Amesterdão. O casal experimentou o jogo e decidiu trazer o conceito para Portugal.
Carolina Miranda, de 28 anos, e Ricardo Cerqueira, de 33 anos, são os fundadores do Laser X, uma inovadora arena de diversão que abriu portas a 19 de outubro. Andrea Nogueira, a gerente do espaço, revela que a ideia surgiu durante uma viagem a Amesterdão em 2021, onde o casal experimentou o jogo e decidiu que seria interessante trazer essa experiência para Portugal.
Além das arenas de alta tecnologia para, o espaço conta com máquinas arcade que fizeram sucesso nas décadas de 80 e 90. Todo o ambiente é uma homenagem a esse período, com um ar bastante vintage, mas também possui detalhes mais modernos, como luzes neon e grafitis.
A Wild Life, uma empresa de organização de eventos e animação turística, também transformou recentemente a aldeia desabitada de Sanguinho, em Penacova, num verdadeiro cenário de guerra. Ou, por outras palavras, na maior arena de laser tag outdoor da Península Ibérica.
“As pessoas não jogam no interior das casas porque pode ser perigoso e estão vedadas, mas podem disparar nas ruas, entre as casas. Há uma pequena área florestal que as pessoas podem explorar, com cerca de cinco hectares”, contou à NiT Marcelo Batista, o fundador da empresa que tem como objetivo dinamizar este desporto em Portugal.
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