Após um julho algo instável, com alguma precipitação, parece que o calor abrasador se estabeleceu com a chegada de agosto. A partir de sexta-feira, dia 9, as temperaturas voltarão a subir, podendo ultrapassar os 40 graus, uma tendência que se manterá também ao longo do fim de semana.
O calor extremo levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a emitir, pela primeira vez este verão, um aviso vermelho relacionado com as condições meteorológicas O alerta foi ativado face à previsão de temperaturas elevadas até ao final da tarde de sábado. Os distritos de Viseu e Castelo Branco estão sob aviso laranja, enquanto o restante do território continental está em alerta amarelo.
Apenas as cidades de Lisboa, Leiria e Faro estão isentas dos avisos do IPMA devido ao calor intenso. As temperaturas mínimas devem variar entre os 15 graus (Coimbra) e os 21 graus (Faro), enquanto as máximas estarão entre os 24 graus (Aveiro) e os 40 graus (Castelo Branco) de sexta a sábado. Embora se preveja uma ligeira descida das temperaturas para domingo, o calor persistirá em várias regiões do interior do País.
As condições meteorológicas em Portugal estão a ser afetadas por uma crista subtropical, indica a “Meteored”. O fenómeno deve-se a um centro de altas pressões (anticiclone) localizado ao norte do arquipélago dos Açores, estendendo-se até ao Golfo da Biscaia. Este cenário promove a entrada de uma massa de ar tropical muito quente e seca, que provém do Norte de África, resultando numa subida acentuada e generalizada das temperaturas.
Em resposta à previsão de calor intenso, a Direção-Geral de Saúde (DGS) recomendou, esta quinta-feira, 8 de agosto, um conjunto de medidas de proteção dos efeitos negativos do calor extremo, como evitar a exposição às temperaturas elevadas, manter a hidratação, bem como ter cuidado especial com os grupos mais vulneráveis.
As recomendações incluem beber água regularmente, mesmo sem sede; evitar a ingestão de bebidas alcoólicas; permanecer em locais frescos, arejados ou climatizados, durante pelo menos duas a três horas por dia; evitar a exposição direta ao sol, especialmente entre as 11 e as 17 horas; e usar protetor solar com um fator igual ou superior a 30.
A DGS sugere também a utilização de roupas leves, largas e de cor clara, que cubram a maioria do corpo, além de chapéus e óculos de sol com proteção ultravioleta. Devem ser evitadas atividades que exijam grandes esforços físicos ao ar livre.
A autoridade de saúde destaca ainda a importância de prestar especial atenção aos grupos mais vulneráveis ao calor, como miúdos, idosos, pessoas com doenças crónicas, grávidas, indivíduos com mobilidade reduzida, trabalhadores em atividades ao ar livre, praticantes de atividades físicas e pessoas isoladas.
