O verão ainda não chegou, mas as temperaturas que se vão fazer sentir esta semana vão dar a sensação de que já estamos na estação mais quente do ano. Os últimos dias de maio e os primeiros de junho vão ser marcados por uma onda de calor, com temperaturas máximas a chegar aos 38 graus em algumas regiões do País.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma subida da temperatura máxima para os próximos dias, que pode levar a um aumento do perigo de incêndio rural. Em Arouca, por exemplo, um incêndio deflagrou na floresta junto aos Passadiços do Paiva esta terça-feira, 28 de maio,
O calor já motivou a emissão de avisos de tempo quente para os distintos de Évora, Beja, Santarém e Portalegre, que vão estar sob aviso amarelo entre as 11 horas de quinta-feira e as 18 horas de sexta-feira, devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.
O IPMA justifica a subida da temperatura com o “estabelecimento de uma crista anticiclónica sobre o golfo da Biscaia e um vale depressionário que se estende desde Marrocos em direção à Península Ibérica que dará origem a uma circulação atmosférica favorável a uma situação de tempo quente e seco em Portugal continental”.
Nos próximos dias espera-se, portanto, valores acima dos 30 graus na generalidade do território. Já no interior das regiões centro e sul, as máximas poderão mesmo atingir valores entre os 35 e os 38 graus. No caso de Lisboa, o dia mais quente será na sexta-feira, com as máximas a chegaram aos 32 graus. Está também previsto um aumento da temperatura mínima, com os termómetros a rondar os 20 e os 22 graus na Beira Baixa, Alto Alentejo e sotavento algarvio nos próximos dois dias.
Devido à previsão do tempo quente, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda medidas de proteção adicionais contra o calor, aconselhando a população a procurar ambientes frescos e arejados, ou climatizados. Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar. evitar o consumo de bebidas alcoólicas e a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas, são outras das recomendações.
A DGS aconselha ainda o uso de roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, bem como chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta. A população deve evitar atividades que exijam grandes esforços físicos e, se viajar de carro, só nas horas de maior calor. Às crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, pessoas isoladas e praticantes de atividade física, pede “atenção especial”.