É na tranquila vila de Marvão, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, que se encontram as ruínas da cidade de romana de Ammaia. Os vestígios, com quase 20 séculos, foram descobertos no início de 1990, altura em que deram início aos trabalhos arqueológicos. Nos últimos anos, descobriram-se vestígios realmente incríveis — um deles foi um anfiteatro romano, que pode começar receber visitas já no próximo ano.
As escavações feitas no âmbito do projeto de investigação do Museu Nacional de Arte Romana de Mérida e da Universidade de Lisboa revelaram destroços do que era um grande território administrativo, a existência de um fórum e um anfiteatro, este último descoberto há cerca de dois anos. Com cerca de 60 metros de comprimento, a arena foi construída no século I e acredita-se que terá estado em operação durante 400 anos, tendo-se sido palco de vários combates abertos ao público. Era um dos centros culturais de uma cidade que se estima ter tido cerca de dois mil habitantes.
As ruínas da cidade romana de Ammaia proporcionam, a cada dia, “descobertas mais interessante e tremendamente importantes para o conhecimento da história”, explica Trinidad Nogales. O diretor do museu espanhol adiantou ainda que estão a estudar-se questões de acessibilidade para que a arena “um local espetacular onde se avista toda a vila”, possa ser visitada a partir de 2024. O valor a pagar pelo acesso ao espaço ainda não foi calculado.
O anfiteatro romano de Marvão é o quinto espaço do género a ser descoberto na província da Lusitânia. Junta-se assim ao de Conímbriga (Coimbra), Bobadela (Oliveira do Hospital) e Mérida e Cáparra, que ficam em Espanha.