Os meios de transporte partilhados ganham cada vez mais espaço nas cidades de mundo, uma tendência especialmente visível em Lisboa. As trotinetes e as bicicletas já são consideradas uma alternativa viável ao carro e aos transportes públicos por muitos utilizadores. As bicicletas partilhadas Gira, da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), surgiram em 2017 e, atualmente, existem mais de 1.600 espalhadas pela capital. Agora, se residir na cidade e carregar o passe Navegante, vai deixar de pagar por cada viagem.
A Câmara Municipal de Lisboa vai avançar com a medida esta semana, cumprindo uma promessa feita o ano passado. Os residentes da cidade que tenham passe Navegante vão poder usar as bicicletas sem pagar mais por isso e, no caso dos jovens até aos 23 anos e dos maiores de 65, que têm direito ao passe gratuito, o uso deste transporte será totalmente gratuito, avançou ao “Expresso” Filipe Anacoreta Correia, vereador da Mobilidade e vice-presidente da autarquia.
“É uma boa medida e estamos muito contentes com isso. Consolida a mobilidade suave como modo complementar da mobilidade dos transportes públicos”, disse o vereador. A CML está a apostar cada vez mais na rede de bicicletas GIRA e está a concluir a instalação de quatro novos terminais e mais 16 estações.
A integração da rede Gira no título de transportes públicos começou a ser discutida em 2019. A EMEL chegou a anunciar que a queria implementar, embora nunca tenha desenvolvido nenhuma tentativa nesse sentido. Agora, a medida que foi aprovada por maioria em reunião camarária vai mesmo avançar. Atualmente, um passe Gira custa 25€ por ano, ou seja, cerca de 2€ por mês. Também existe um passe mensal de 15€ e um diário de 2€, a pensar em utilizações mais esporádicas.