Entre maio e setembro de 1998, mais de 10 milhões de visitantes marcaram presença na maior exposição cultural e temática que teve lugar em Portugal. Ao entrarem na Expo’98, todos eram calorosamente recebidos pela icónica mascote, o Gil, uma gota de água estilizada de cor azul que continua a ser um símbolo importante no Parque das Nações.
No entanto, no início do ano, o Gil que se encontrava no Rossio dos Olivais desapareceu — mas só por uns tempos. A Junta de Freguesia do Parque das Nações adiantou que o boneco foi removido a 3 de janeiro para ser integralmente recuperado.
“Nos próximos meses, todos os três simpáticos ‘Gil’ irão ser recuperados pela equipa que os construiu para a Expo’98”, escreveram nas redes sociais. A intervenção está a ser realizada pela Junta da Freguesia, no âmbito dos Contratos de Delegação de Competências (CDC) estabelecidos com a Câmara Municipal de Lisboa.
Uma vez concluída a recuperação, os bonecos em fibra de vidro, com cinco metros de altura, regressarão aos seus locais de origem com um aspeto renovado. A última intervenção de restauro ocorreu há oito anos.
A mascote foi concebida pelo pintor António Modesto e pelo escultor Artur Moreira, tendo sido escolhida entre 309 propostas. O nome “Gil” foi atribuído em homenagem ao navegador português Gil Eanes. O boneco simboliza a vida nos oceanos, alinhando-se com o tema da Expo’98, que era “Oceanos: Um património para o futuro”.
A escolha do nome coube a José Luís Coelho, então com 10 anos e aluno da Escola do Ensino Básico de Barrancos, que participou num concurso que envolveu escolas de todo o país. Após o encerramento da exposição, a mascote passou a ser o emblema da Fundação Gil, cuja missão é promover o bem-estar clínico, social e emocional de miúdos e jovens.