Na cidade

Câmara de Lisboa vai transferir 4 milhões para empresa municipal assegurar eventos na JMJ

A proposta encarrega a EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) de organizar atividades no Parque Eduardo VII.
Os eventos vão acontecer no Parque Eduardo VII.

A poucos meses da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, o maior evento juvenil católico do mundo continua envolvido em polémica devido aos milhões de euros que serão gastos para receber os peregrinos de todo o mundo. A Câmara de Lisboa aprovou em reunião privada, na quinta-feira, 24 de fevereiro, a transferência de 4,1 milhões de euros para a empresa municipal EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural) assegurar os eventos que vão acontecer no espaço do Parque Eduardo VII.

A proposta “encarrega a EGEAC da celebração de contratos que tenham por objeto a locação ou aquisição de bens móveis, a aquisição de serviços ou a realização de empreitadas de obras públicas, que se destinem à organização, programação, conceção e implementação da JMJ no espaço do Parque Eduardo VII”.

É nesta zona de Lisboa que será instalado o segundo altar-palco, onde se vão realizar três celebrações: a missa de abertura da Jornada, com o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente; a cerimónia de acolhimento ao Papa Francisco; e a Via Sacra. Esta estrutura vai ser financiada pela Fundação JMJ, prevendo-se que custe 450 mil euros. Quanto à autarquia, ficará responsável pelas instalações sanitárias, ecrãs, som, luz, estruturas e vigilância. O investimento total ascenderá a 3,4 milhões de euros.

Ao contrário do altar-palco principal, este não “ficará para a cidade” nem “terá utilização além do evento”, revelou, em janeiro, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Anacoreta Correia (CDS-PP). “O terreno do Parque Eduardo VII não tem a mesma exigência que o terreno do palco do Parque Tejo. As características do local onde vai ser implementado e a área não têm rigorosamente nada que ver. Não tem semelhanças possíveis com a dimensão deste palco (do Parque Tejo) e, por isso, serão valores muito inferiores.”

As responsabilidades e compromissos assumidos pelo Estado na concretização da JMJ poderão ir até aos 21,8 milhões de euros, segundo uma nota de esclarecimento emitida pelo executivo liderado por António Costa a 28 de janeiro. O valor apresentado inclui as verbas relacionadas com um conjunto de encargos com a unidade de missão, a aquisição das torres multimédia, instalações sanitárias, transmissão televisiva, abastecimento de água, ponte militar, promoção do País no estrangeiro e instalação dos centros de comando e segurança e de apoio à imprensa nacional e internacional.

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