A Câmara Municipal de Lisboa (CML) ganhou pela primeira vez um projeto Life, instrumento financeiro comunitário para a área do ambiente. A autarquia recebeu um financiamento de 2,7 milhões de euros para o projeto Lungs (Pulmões), que começa em setembro e se prolonga até 2024, noticia o “Expresso”.
Segundo o jornal, a Câmara de Lisboa tem vindo a redesenhar a cidade para ajudar ao combate das altas temperaturas e das ondas de calor que se fazem sentir nos meses mais quentes. No futuro, o objetivo é continuar a manter e a aumentar o número de estruturas verdes, como jardins, parques, prados ou hortas.
A autarquia vai, por isso, criar “prados biodiversos onde colocará ovelhas a pastar, ajudar as pessoas que têm hortas urbanas a regar de forma eficiente, assim como demonstrar como os serviços dos ecossistemas permitem diminuir as temperaturas ou melhorar a qualidade do solo, por exemplo”, explicou Duarte Mata, arquiteto paisagista e adjunto do vereador da Estrutura Verde e Energia, José Sá Fernandes, citado pelo “Expresso”.
Nos últimos cinco anos têm sido investidos dez milhões de euros anuais na construção e manutenção destas estruturas verdes, bem como na criação de ciclovias e outras medidas.
Fernando Medina referiu na abertura da Conferência Europeia de Adaptação às Alterações Climáticas, esta terça-feira, 28 de maio, que a autarquia está a adaptar a cidade apostando no recurso a sistemas de água de esgoto reciclada para lavagem de ruas e rega de jardins, um novo sistema de drenagem para enfrentar inundações, o aumento da mancha verde da cidade, e a colocação de plataformas solares nos autocarros para produção de energia.
Em 2018 foi anunciado que Lisboa era a primeira cidade do sul da Europa a vencer o prémio de Capital Verde Europeia 2020.