Na cidade

Canoas, caiaques e pranchas proibidas em várias praias do Algarve

A medida já entrou em vigor e abrange seis areais do concelho de Lagoa, perto da gruta de Benagil.
Estão proibidas.

A capitania do porto de Portimão decidiu proibir a entrada e saída de canoas, caiaques e pranchas em seis praias do concelho de Lagoa, perto da gruta de Benagil, uma das atrações turísticas mais visitadas do Algarve. O objetivo é “salvaguardar a vida humana no mar, a prestação de socorro e a manutenção da segurança” das embarcações e pessoas que visitam a formação geológica.

A medida, que entrou em vigor no mês de setembro, abrange as praias de Vale Centeanes, Carvalho, Benagil, Marinha, Barranquinho e Albandeira, todas em Lagoa, no distrito de Faro. Só são abertas exceções em caso de socorro e emergência, pelo menos até que sejam criados “mecanismos que permitam controlar o fluxo destas embarcações na coluna de água contígua a essas praias”. Até lá, quem não cumprir com esta proibição está sujeito a coimas.

O litoral costeiro nesta zona é constituído maioritariamente por arribas, que se encontram expostas à ação do mar. “A evolução (erosão) natural das arribas processa-se numa sequência intermitente e descontínua de derrocadas instantâneas, dinâmica esta que constitui perigo para os utentes deste litoral”, lê-se no documento.

Como não é possível prever a ocorrência de eventuais desmoronamentos, a melhor forma de salvaguardar a segurança dos banhistas é mesmo proibir a circulação das canoas, caiaques e pranchas, tendo em conta o aumento exponencial de atividades turísticas nos últimos anos. 

A Gruta de Benagil é um dos spots mais famosos do Algarve, mas a navegação desordenada tem dado origem a várias acidentes. O governo quer começar a cobrar taxa de acesso. É por esse motivo que o acesso à formação geológica em Lagoa, considerada “uma das cavernas naturais mais incríveis do planeta”, vai passar a ser mais difícil.

O governo pretende criar “um grupo de trabalho multidisciplinar com a missão de estabelecer a capacidade de carga humana e de determinar as condições de acesso” ao local, segundo o despacho publicado em Diário da República, a 30 de agosto.

Uma das medidas que estão em cima da mesa é a criação de uma taxa única de acesso. O objetivo é fazer “face à necessidade de proteção e prevenção de situações de risco para a segurança das pessoas, sobretudo considerando a elevada erosão que se tem manifestado naquela área, o que impõe a definição de regras de utilização para os visitantes, para reforço da sua segurança”.

O principal objetivo deste “grupo multidisciplinar” é fixar a capacidade de carga humana, definir as formas e condições de acesso às grutas e o tipo de embarcações autorizadas, “bem como a forma de proceder nesses acessos, nomeadamente comprimento, boca, calado, lotação, tipo e atividade, velocidade e outros procedimentos a realizar” pelos barcos.

Carregue na galeria e veja algumas fotografias das grutas mais instagramáveis do País.

ver galeria

ÚLTIMOS ARTIGOS DA NiT

AGENDA NiT