O caos ficou instalado no distrito de Setúbal na segunda-feira, 6 de junho, quando os motoristas da Carris Metropolitana fizeram uma paralisação espontânea por desconhecerem os novos horários e percursos dos autocarros que deviam conduzir. Cerca de 90 por cento das carreiras urbanas e interurbanas da nova rede de autocarros previstas para aquele dia não se realizaram.
Os trabalhadores recusaram-se a iniciar o serviço enquanto não lhes fosse dada formação e conhecimento suficiente para desempenharem as suas funções. Como nada disso aconteceu, acabaram por ficar parados durante todo o dia.
Perante as perturbações que aconteceram nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, ficou decidido que, nos próximos 15 dias, vão ser retomados os serviços e horários da TST, a antiga operadora.
“Os trabalhadores fizeram uma paralisação espontânea esta segunda-feira por não terem tido formação sobre os novos horários e percursos das carreiras, mas entretanto já houve um acordo entre a Alsa Todi, a nova operadora de transportes, e a TML, Transportes Metropolitanos de Lisboa”, disse à Lusa Fernando Fidalgo, da Federação dos Sindicados de Transportes e Comunicações.
Durante o período em que a TST irá retomar os serviços, a Alsa Todi irá “dar a formação necessária aos trabalhadores para que possam depois realizar os novos serviços e os horários”, refere o sindicalista.
A Carris Metropolitana entrou em funcionamento a 1 de junho, quarta-feira, e desde o primeiro dia que se têm registado várias queixas relacionadas sobretudo com a falta de informação relativa aos novos horários e percursos.